Rogério Faria Tavares, presidente da Academia Mineira de Letras, definiu bem o encontro dos acadêmicos em Ouro Preto, quando a AML foi transferida para a cidade histórica, na comemoração do lançamento da edição 81 da “Revista da Academia”, que completa 100 anos.
"Foi uma cerimônia muito bonita e de significado muito forte", resumiu. "A minha impressão é de que ela ficará na minha memória por muito tempo - pela sua força, pelo seu significado histórico", acrescentou.
O encontro começou pontualmente no horário marcado, às 11h do sábado, 23 de julho. Um acidente na estrada, contudo, atrasou a chegada de alguns acadêmicos e convidados. Rogério, que abriu a sessão, mostrou que o significado daquele encontro era mais amplo que apenas o lançamento de uma obra literária. "O que nos une é a celebração da memória, da vida, da cultura, da educação, das artes e da literatura", afirmou.
Com 466 páginas, a “Revista” inclui os dossiês "Literaturas africanas de língua portuguesa" (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe), organizado por Maria Nazareth Soares Fonseca e pelo presidente da Academia, e "Poesia indígena de Minas Gerais", organizado por Ailton Krenak e Maria Inês de Almeida.
Em sua saudação, Rogério Faria Tavares reforçou a importância da liberdade para a construção de um povo. "Povo livre, autônomo, emancipado gera cidades fortes, dotadas de instituições fortes e duradouras, capazes de formular o pensamento e fomentar as ações da coletividade."
Em sua saudação, Rogério Faria Tavares reforçou a importância da liberdade para a construção de um povo. "Povo livre, autônomo, emancipado gera cidades fortes, dotadas de instituições fortes e duradouras, capazes de formular o pensamento e fomentar as ações da coletividade."
Reverenciou a importância das bibliotecas como núcleos irradiadores de amor e entusiasmo pela leitura. "As bibliotecas são centros de formação para crianças e jovens, centros que agregam as pessoas em torno da inteligência, da reflexão, do debate, da crítica e da paixão pela leitura. Queremos mais e mais bibliotecas espalhadas pelo território brasileiro", disse, elogiando o trabalho de todos os bibliotecários que têm a marca da paixão pelos livros e pela leitura.
Ao passar a palavra para o prefeito Ângelo Oswaldo, definiu o acadêmico como caso raro da atualidade brasileira de político que é, sobretudo, intelectual. "No cenário institucional em que predomina a mediocridade, quando não a indigência mental, a presença de Ângelo é garantia de qualidade e alto nível", elogiou.
Por sua vez, Ângelo considerou importante a transferência da AML para Ouro Preto no momento em que se comemora também o aniversário de 150 anos de nascimento do poeta Alphonsus Guimarães e os 101 anos de sua morte.
"Ele é uma referência na poesia de língua portuguesa, cada vez mais estudado", afirmou. Ângelo disse ter ficado emocionado com as palavras éticas ditas por Rogério ao longo de seu discurso. O prefeito de Ouro Preto reforçou a importância da consciência dos brasileiros para não deixar o país cair no fascismo e na ditadura.
Disse que devemos sempre lutar pela liberdade e pela democracia. Foi aplaudido com vigor. Assim como a homenagem prestada ao indigenista Bruno Pereira, assassinado no Amazonas.
"Ele é uma referência na poesia de língua portuguesa, cada vez mais estudado", afirmou. Ângelo disse ter ficado emocionado com as palavras éticas ditas por Rogério ao longo de seu discurso. O prefeito de Ouro Preto reforçou a importância da consciência dos brasileiros para não deixar o país cair no fascismo e na ditadura.
Disse que devemos sempre lutar pela liberdade e pela democracia. Foi aplaudido com vigor. Assim como a homenagem prestada ao indigenista Bruno Pereira, assassinado no Amazonas.