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Zeca Pagodinho faz alegria dos fãs que lotaram o Palácio das Artes

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Zeca Pagodinho é o rei da alegria. Quem foi ao show do sambista, sábado passado (12/11), no Palácio das Artes, curtiu uma das noites mais memoráveis na história do Grande Teatro. Bastou que a cortina se abrisse para a plateia se entregar ao ídolo. Foi quase uma catarse quando o cantor soltou os primeiros versos de “Verdade”. A plateia cantou junto e com tanto entusiasmo que o show parecia ter começado há quase uma hora.




 
Os mais animados saíram das cadeiras, ocupando as laterais do teatro. A novidade é que o espaço foi ocupado bem no início da apresentação. Já para a metade do show, o público foi para a boca do palco, e lá Zeca ficou de olho em todo mundo.
 
Pediu ao roadie que atendesse ao desejo dos fãs que saíram de casa com capas de LP lançados por ele. Larissa Metzker, de 32 anos, não acreditou quando viu a capa de “Samba para as moças” ser autografada por ele. “Agora é conseguir uma capa para proteger o disco e colocar a capa com a assinatura dele em um quadro”, brincou.
 
Larissa contou que a admiração pelo cantor começou ainda menina, quando o pai, Marco Metzker, a apresentou a boa parte das canções de Zeca. Mas, até que realizasse o sonho de vê-lo ao vivo, o destino passou a perna em Larissa. Com ingressos para ver Zeca no Rio de Janeiro, por motivo de saúde em família precisou voltar com urgência para Belo Horizonte.





“Quando soube que haveria show em Belo Horizonte, comprei ingressos para meus pais e fui com meu namorado. Arte é importante para a vida”, observou. 
  
Zeca faz sua apresentação na total informalidade e sempre de olho no que está ao seu redor. Não é que, no finalzinho da apresentação, reconheceu a cantora Aline Calixto e a convidou para dividir o microfone no bis?
 
Além da banda que acompanha Zeca, chamou a atenção o cenário de Zé Carratu. São dois painéis com 7m de comprimento e 14m de largura, bordados com retalhos de cetim (uma parte colada e outra costurada). O que abre o espetáculo faz referência à comunidade; o outro, a São Jorge. O trabalho, que é uma maravilha, foi feito em dois meses.