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Estado de Minas COLUNA HIT

Capela de Santana, nos jardins da Casa Fiat de Cultura, é reaberta

Para marcar este domingo (11/12), o Quarteto de Cordas da Filarmônica de Minas Gerais executará obras de Mozart, Borodin, Bach, Piazzolla e Guerra-Peixe


11/12/2022 04:00 - atualizado 11/12/2022 07:48

Imagem de Santana Mestra da capela que fica atrás do Palácio da Liberdade, em BH
Santana Mestra, considerada milagrosa, foi doada a dona Queridinha Bias Fortes (foto: Ana Vilela/divulgação)

 
A Capela de Santana, que fica nos jardins da Casa Fiat de Cultura, será reaberta ao público em grande estilo neste domingo (11/12), com a volta do programa Música na Capela. Para o evento de reabertura, a instituição convidou o Quarteto de Cordas da Filarmônica de Minas Gerais, que preparou repertório versátil, com obras que percorrem os períodos barroco, clássico e romântico. Peças de Mozart, Borodin, Bach, Piazzolla e Guerra-Peixe serão executadas pelos violinistas Rodrigo de Oliveira e Gabriel Almeida, pelo violista Daniel Mendes e pelo violoncelista William Neres.

Com traços típicos da arquitetura modernista e tombada pelo patrimônio estadual e municipal, a Capela de Santana, atrás do antigo Palácio dos Despachos, passou por manutenção que envolveu limpeza da fachada, pintura interna, correção de pontos de infiltração, manutenção das janelas e das portas de vidro, além da conservação preventiva das imagens sacras. Tudo isso em mais de 500 horas de cuidadoso trabalho.

Com o processo de conservação já concluído, a partir de 7 de janeiro de 2023, a Capela de Santana estará aberta à comunidade aos sábados, às 11h, para celebração de missas. Poderá ser apreciada a escultura de Santana Mestra esculpida em madeira, com traços do século 18, de autor desconhecido. A imagem, considerada milagrosa, pertenceu a um fazendeiro dos arredores de Belo Horizonte e foi doada à ex-primeira-dama Francisca Tamm Bias Fortes, conhecida como dona Queridinha, esposa do ex- governador José Francisco Bias Fortes. É possível conhecer também o púlpito de bronze que homenageia os quatro evangelistas (Marcos, Matheus, Lucas e João), além do mobiliário da década de 1950.
 
Interior da capela de Santana, atrás do Palácio da Liberdade
Interior da capela, que fica atrás do antigo Palácio dos Despachos (foto: Ana Vilela/divulgação)


Com capacidade para 80 pessoas, a Capela de Santana foi construída por iniciativa de dona Queridinha – inclusive, vista de cima, é possível perceber o seu formato em “Q”, homenagem a ela. Um dos motivos para que a ex-primeira-dama pedisse a construção da capela foi a tentativa de neutralizar a lenda da Maria Papuda, que teria rogado maldição para que os governadores morressem antes de terminar o mandato.

Em 26 de julho de 1957, Dia de Santana, lançou-se a pedra fundamental da capela, com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek, do governador do estado, José Francisco Bias Fortes, do ministro da Educação, Clóvis Salgado, e de outras autoridades. A inauguração ocorreu em 8 de dezembro de 1958, em solenidade que contou com apresentação da Guarda de Honra do Palácio e da Banda de Música do Batalhão de Guardas. A Capela de Santana foi projetada pelo arquiteto Gilson de Paula, e se situa em ampla área verde, com mais de 70 mangueiras centenárias, preservadas até hoje.

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