As chuvas, que não estão para brincadeira, deixam Minas Gerais em estado em alerta. O aguaceiro, aliás, não é novidade para a capital mineira. Há 79 anos, em fevereiro de 1943, a quantidade de água era tamanha que inspirou Ari Barroso a compor “Chove, chuva, de uma vez”. Reportagem do Estado de Minas revelou que o samba foi lançado pela cantora Mariazinha.
“Tá chovendo há mais de um mês/ Tá chovendo sem parar/ Chove, chuva, de uma vez/ Assim não se pode aturar/ Meu paletó embolorou/ Meu doce de coco mofou/ A família toda constipou/ Passarim do relógio espirrou/ Se Noé ressuscitasse/ com certeza pediria/ Duas arcas e não uma/ Para esperar a estia/ O fogo lá em casa apagou/ A lenha, coitada, encharcou/ A alma da gente esfriou/ O nosso pulmão aguou/ São Pedro/ São Pedro/ Tem pena de nós/ Tem pena”, diz a letra.
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Mariazinha era crooner do Cassino da Pampulha. O samba foi cantado por ela “no microfone da Rádio Guarani”, segundo a reportagem do EM.
CINQUENTONA
COM CORPO DE 18
“Sangue latino”, uma das canções mais importantes da banda Secos e Molhados, completa 50 anos em maio de 2023. Para marcar a data, Roberta Spindel regravou o hit com Ney Matogrosso. “'Sangue latino' é necessária nos tempos atuais. É poesia viva, canção de protesto que há 50 anos já falava sobre a nossa realidade de hoje”, observa a cantora. Composição de João Ricardo e Paulinho Mendonça, a nova gravação contou com direção artística de Lúcio Fernandes Costa; produção musical de Rodrigo Campello, que fez o arranjo e tocou violões, guitarra e teclados; percussão de Marcos Suzano; cello de Federico Puppi; e violinos e viola de Pedro Mibieli.
LITERATURA
CLÁSSICO
“Gabriela, cravo e canela”, best-seller de Jorge Amado, ganha edição especial da Companhia das Letras em 2023, quando completa 65 anos. Edição especial em capa dura traz prefácio inédito de Josélia Aguiar, posfácio de José Paulo Paes e ensaio visual de Goya Lopes. O romance chega às livrarias na primeira semana de janeiro.