Jornal Estado de Minas

COLUNA HIT

Amigos, músicos e produtores foram ao Mineirão dar adeus ao Skank

 

Nem só de canções se construiu a história do Skank. Amigos, que se dividiam entre fãs e músicos, relembraram momentos pitorescos e curiosos junto da banda, na área exclusiva para convidados montada no Mineirão.





 

O videomaker Eder Santos, um dos primeiros profissionais a trabalhar com o grupo, bem no início da carreira, dirigiu o clipe “Let me try again”, faixa do disco “Skank”, lançado em 1993.

O mineiro Éder Santos, diretor de 'Let me try again', o primeiro videoclipe do Skank (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press )

 

“Como fiz o primeiro vídeo, deveria estar aqui para ver o último show”, comentou Eder. Naquela época, ele foi apresentado a Fernando Furtado, empresário do grupo, por amigos em comuns.

No Mineirão, Eder Santos se emocionou a cada canção. Mas o ponto alto foi ver Milton Nascimento, a quem também já dirigiu, novamente em cena.

 

 

 

Ao longo dos anos, a banda conquistou muitos amigos. Fred, ex-baterista dos Raimundos, contou que houve um momento em que ficou tão próximo de Haroldo Ferretti, colega de baquetas, que até quis se mudar para Belo Horizonte.





 

Fred, ex-baterista dos Raimundos, quase morou em BH por causa da amizade com Haroldo Ferretti (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)
 

 

“Cheguei a olhar um terreno, mas não foi para a frente”, rememorou Fred. Naquela época, morar longe de São Paulo não seria problema, explicou.

 

• Veja mais sobre o último show de Samuel, Haroldo, Lelo e Henrique

 

Emocionado, o cantor e compositor Simoninha falou de sua relação com o grupo. Por intermédio de um casal de amigos mineiros, ouviu falar do Skank pela primeira vez.

 

 “Você tem de conhecê-los”, repetiam os amigos, com insistência. “Um dia, fui ver a banda numa festa fechada em São Paulo”, contou.

Dali em diante, a parceria com os mineiros se estreitou. Simoninha gravou com Samuel e, recentemente, participou como convidado do projeto solo do tecladista Henrique Portugal, o que deve se repetir mais para  a frente.





 

Simoninha: trabalhos com Samuel Rosa e Henrique Portugal (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)
 


Simoninha comentou que os sucessos do Skank são muitos, mas não titubeia ao revelar a preferida: “Garota nacional”.

“Estava no carro com o rádio ligado, quando ouvi esta música pela primeira vez. Me perguntei: que porra é essa?”, revelou, aos risos.

 

• Leia também: Henrique Portugal, tecladista do Skank, agradece o apoio dos mineiros à banda

 

Se depender da criançada, a música do Skank vai influenciar muitas gerações. Ricardo Koctus, baixista do Pato Fu, foi ao Mineirão com o filho João, que antes de sair de casa tirou uma canção do Skank na guitarra. Vai ser um “Fu”, com certeza...

 

Ricardo Koctus, baixista do Pato Fu, com João, que já toca Skank na guitarra (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)

 

Koctus não escondeu a tristeza com o fim da banda, que foi importante para o início de carreira do Pato Fu, mas compreende a opção dos amigos. Cada um achou o seu momento, disse. “Fernando Furtado (empresário do Skank) nos apresentou às pessoas certas”, reforçou.





 

 

O produtor nordestino João Carlos comemorava ter feito nada menos de 14 shows de despedida da banda no Norte e Nordeste, reunindo cerca de 120 mil pessoas.


Helber Oliveira, Diogo Damasceno e Augusto Nascimento, filho de Milton Nascimento, com Alan Francine, João Carlos, que produziu a 'Turnê de despedida' no Nordeste, e Marcos Boffa (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)

 

“Curioso que a turnê começou em Salvador, na Concha Acústica, em 7 de março de 2020. Mas foi suspensa por causa da COVID-19. Terminamos  três anos depois a turnê Norte/Nordeste na Bahia. Todas as apresentações foram emocionantes”, elogiou João Carlos.

 

 

De Nova York, Rett Sheslow, conhecido como o “martelinho de ouro” de Wall Street, estava animado no Mineirão. Amigo de grande parte das bandas brasileiras, elogiou principalmente a melodia das canções do Skank.

 

Sem saber falar português, o norte-americano disse que a música dos mineiros “cai muito fácil nos ouvidos”.

 

Marisa Machado Coelho e Tina Vasconcelos, produtora do Skank por 13 anos (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)

 

Tina Vasconcelos, que trabalhou com o Skank de 1996 a 2009, estava emocionada em ver a produção no estádio. Bem-humorada, contou que, durante aqueles 13 anos, eram tantas viagens que até em sonho ela viajava com Samuel, Haroldo, Henrique e Lelo.





 

“Já tomei uma cerveja, mas se eles quiserem, estou pronta para ajudá-los”, avisava Tina, um pouco antes de o show começar.

 

O duo Anavitória veio a BH prestigiar o Skank (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)
Reinaldo, o eterno ídolo do Galo, foi ver o cruzeirense Samuel Rosa cantar (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)
Felipe Barreto e Franklin Araújo (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)
Reinaldo troca uma ideia com o ator Thiago Lacerda antes do ínicio do show (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press)