Nem só de canções se construiu a história do Skank. Amigos, que se dividiam entre fãs e músicos, relembraram momentos pitorescos e curiosos junto da banda, na área exclusiva para convidados montada no Mineirão.
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“Como fiz o primeiro vídeo, deveria estar aqui para ver o último show”, comentou Eder. Naquela época, ele foi apresentado a Fernando Furtado, empresário do grupo, por amigos em comuns.
No Mineirão, Eder Santos se emocionou a cada canção. Mas o ponto alto foi ver Milton Nascimento, a quem também já dirigiu, novamente em cena.
Ao longo dos anos, a banda conquistou muitos amigos. Fred, ex-baterista dos Raimundos, contou que houve um momento em que ficou tão próximo de Haroldo Ferretti, colega de baquetas, que até quis se mudar para Belo Horizonte.
“Cheguei a olhar um terreno, mas não foi para a frente”, rememorou Fred. Naquela época, morar longe de São Paulo não seria problema, explicou.
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Emocionado, o cantor e compositor Simoninha falou de sua relação com o grupo. Por intermédio de um casal de amigos mineiros, ouviu falar do Skank pela primeira vez.
“Você tem de conhecê-los”, repetiam os amigos, com insistência. “Um dia, fui ver a banda numa festa fechada em São Paulo”, contou.
Dali em diante, a parceria com os mineiros se estreitou. Simoninha gravou com Samuel e, recentemente, participou como convidado do projeto solo do tecladista Henrique Portugal, o que deve se repetir mais para a frente.
Simoninha comentou que os sucessos do Skank são muitos, mas não titubeia ao revelar a preferida: “Garota nacional”.
“Estava no carro com o rádio ligado, quando ouvi esta música pela primeira vez. Me perguntei: que porra é essa?”, revelou, aos risos.
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Se depender da criançada, a música do Skank vai influenciar muitas gerações. Ricardo Koctus, baixista do Pato Fu, foi ao Mineirão com o filho João, que antes de sair de casa tirou uma canção do Skank na guitarra. Vai ser um “Fu”, com certeza...
Koctus não escondeu a tristeza com o fim da banda, que foi importante para o início de carreira do Pato Fu, mas compreende a opção dos amigos. Cada um achou o seu momento, disse. “Fernando Furtado (empresário do Skank) nos apresentou às pessoas certas”, reforçou.
O produtor nordestino João Carlos comemorava ter feito nada menos de 14 shows de despedida da banda no Norte e Nordeste, reunindo cerca de 120 mil pessoas.
“Curioso que a turnê começou em Salvador, na Concha Acústica, em 7 de março de 2020. Mas foi suspensa por causa da COVID-19. Terminamos três anos depois a turnê Norte/Nordeste na Bahia. Todas as apresentações foram emocionantes”, elogiou João Carlos.
De Nova York, Rett Sheslow, conhecido como o “martelinho de ouro” de Wall Street, estava animado no Mineirão. Amigo de grande parte das bandas brasileiras, elogiou principalmente a melodia das canções do Skank.
Sem saber falar português, o norte-americano disse que a música dos mineiros “cai muito fácil nos ouvidos”.
Tina Vasconcelos, que trabalhou com o Skank de 1996 a 2009, estava emocionada em ver a produção no estádio. Bem-humorada, contou que, durante aqueles 13 anos, eram tantas viagens que até em sonho ela viajava com Samuel, Haroldo, Henrique e Lelo.
“Já tomei uma cerveja, mas se eles quiserem, estou pronta para ajudá-los”, avisava Tina, um pouco antes de o show começar.