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Estado de Minas COLUNA HIT

Música na Árvore será atração do Fest Cult, no Dia Internacional do Jazz

Evento vai reunir Charanga Pop, Will Motta Trio, Celso Moreira Trio e Gustavo Moreira Trio, no próximo domingo (30/4), na Praça Arnaldo Jansen


24/04/2023 04:00 - atualizado 24/04/2023 01:00

Segurando o trompete e encostado em parede de pedra, o músico João Vianna olha para a câmera
Trompetista e produtor João Vianna defende o uso da energia solar para alimentar equipamentos durante shows (foto: Acervo pessoal)

Há uma década, um coletivo de músicos que se apresentava gratuitamente em um parque brasiliense ganhou notoriedade por apostar na arte ligada ao meio ambiente. Ao longo dos anos, o produtor André Trindade, de Brasília, defendeu a energia solar como matriz energética de shows. “Mas foi aqui em BH que eu e o músico e produtor Robson Assis articulamos apoios e patrocínios para criar o selo Instrumental Solar, agregado ao projeto Música na Árvore”, afirma João Vianna, trompetista e produtor cultural.
 
No próximo domingo (30/4), Música na Árvore promove o Fest Cult, na Praça Arnaldo Jansen/Avenida Carandaí, no Bairro Funcionários, em BH. A programação contará com shows que representam várias correntes do jazz e oficina em homenagem a Louis Armstrong. Nesta entrevista, João Vianna fala sobre o evento e explica a importância de aliar arte e sustentabilidade. 

Qual é o desafio de montar programação reunindo as vertentes tradicional, standard e fusion do jazz?
A escolha dos grupos e músicos. Como BH é celeiro de grandes músicos, tivemos o cuidado de ser democráticos e fazer escolhas de grupos que ainda não participaram de edições anteriores do Música na Árvore. Também convidamos diferentes gerações de artistas – dos recém-premiados no BDMG Instrumental aos já consagrados na cena regional –, atingindo a pluralidade.

A Charanga Pop será um dos destaques do Fest Cult. Como ela foi formada?
Charanga Pop é um grupo que mostra a versatilidade, como é possível você se comunicar e atrair as pessoas usando a linguagem instrumental. Temos um repertório pré-combinado para cada show. Porém, diante do público e de suas reações, sempre vamos nos adaptando e interagindo de forma espontânea. De repente, vira uma festa! A Charanga foi criada há uns sete anos para um festival de gastronomia, a pedido do produtor Eberty Sales. Desde então, rodamos inúmeros festivais em Minas. Agora começam a aparecer convites para outros estados.

Uma das boas ideias do projeto é usar a energia solar para alimentar os equipamentos de som. Qual é o resultado efetivo dessa medida?
O resultado pretendido é mostrar que energia solar é uma realidade, temos de nos conscientizar de que ela traz muitos benefícios. Por meio dos shows e do entretenimento, as pessoas mais abertas e relaxadas podem, naquele ambiente prazeroso, entender melhor esse novo caminho, aprendendo com o exemplo que estamos propondo. Além da energia solar, trabalhamos nos eventos com a coleta de lixo eletrônico, a metarreciclagem, outra questão importante no contexto da sustentabilidade.
 

Energia solar é uma realidade, temos de nos conscientizar de que ela traz muitos benefícios

João Vianna, trompetista e produtor cultural

 

Você já tocou com Skank, Lulu Santos e Pepeu Gomes. Que boas lembranças guarda dessas experiências?
Com o Lulu, participei da gravação de trabalhos dele. Skank, fiquei uns nove anos lá, gravando quatro álbuns e excursionando. No caso do Pepeu, eu e a Banda Vil Metal fizemos dezenas de shows em que ele era nosso convidado. Agradeço a todos os artistas que me convidaram para seus trabalhos e que me fizeram mais experiente e conhecedor do mercado cultural. Cada trabalho te leva para um caminho novo, é um exercício de pesquisas e descobertas. Com isso vêm os desdobramentos e as oportunidades.

Você criou a Semana do Pão de Queijo. Qual foi o resultado da primeira edição do evento?
Recebi o convite do Rodrigo Bouchardet para criar um projeto para esta data especial, para o produto que representa Minas Gerais no mundo. Fizemos a primeira edição em 2022. Foi um sucesso. Agora, estamos conversando, procurando apoiadores e patrocinadores para realizar um evento maior, à altura desse patrimônio imaterial que é o pão de queijo 


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