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Desde 2000, você lançou cinco discos, dirigiu um documentário (“Dominguinhos”, 2014, com Joaquim Castro e Dudu Nazarian), criou sua produtora. A dois anos de completar 25 de carreira, que avaliação você faz dessa trajetória?
Vivo um momento muito gratificante, uma fase mais madura. Tenho mais tranquilidade, mais calma, mais prazer mesmo em fazer tudo. No começo, tem aquela pressão de ser exposto, né? E agora, depois de quase 25 anos, tem essa tranquilidade, essa maturidade. Eu me sinto cada vez mais grata de poder fazer o que amo, de cantar cada vez mais pelo pelo Brasil, em todos os cantos do Brasil.
Você tem o bloco de carnaval Forrozin. Já pensou em sair de São Paulo e rodar pela folia de outras praças, incluindo Belo Horizonte?
Tenho muito carinho pelo bloco. Já é o quarto ano que a gente sai. Logo no começo, ele foi apadrinhado por Gilberto Gil, o mestre. Sempre tive o sonho de sair com um bloco de forró, de música nordestina, pelo carnaval. Sempre quis levá-lo para BH, porque a cidade sempre esteve dentro do circuito do forró. Acho que seria um match perfeito. Vamos ver, né? Quem sabe?
Você chega a BH no início das festas juninas. O que talvez você não saiba é que a cidade só perde para o Nordeste em termos de festejos juninos, que costumam ir até julho.
Não sabia desse detalhe das festas juninas. Belo Horizonte sempre foi muito próxima do forró, sempre com muito respeito ao forró. Gosto muito de cantar em Belo Horizonte, onde sou muito bem recebida.
Como você vê o mercado do forró no Brasil?
Hoje em dia, são vários tipos de forró, mas existe muito preconceito com o forró pé de serra. São ondas... E, como diz Nelson Sargento – falando do samba, mas vale para o forró –, ele agoniza mas não morre. Sempre houve muitos apaixonados pelo forró, que não deixam o gênero morrer. Mas é uma espécie de resistência mesmo. Porque não é fácil, ele não está nas mídias, não está na rádio, não está nos festivais na televisão. Quem ama fica levantando a bandeira, e ele sempre se renova. Vivemos uma época de novos sanfoneiros. Tem o Mestrinho, o Lulinha Alencar, o Cosme Vieira, que toca comigo.
Você tem a preocupação de procurar músicos bem no início da carreira para tocar com você? Ou, ao contrário, é procurada por quem precisa deste empurrão na carreira?
Sempre fui muito curiosa sobre novos talentos. Tenho curiosidade sobre o que a música brasileira produz em geral, porque sou apaixonada pela música brasileira e sempre gosto de entender como ela se renova, como ela vai dando os frutos, como isso vai se misturando. Estou sempre ligada nas pessoas que aparecem não só do forró, mas na música brasileira em geral, né? No Prêmio da Música Brasileira (realizado na semana passada), os encontros musicais, a premiação, tudo que rolou é muito bonito. Gosto muito do Bala Desejo, da Luiza Lian, da Juliana Linhares. Ainda sobre o Prêmio da Música, Zé Ibarra foi um dos pontos altos. Cantou lindamente. Foi muito bonito mesmo.
O que o público de BH pode esperar de seu show?
Forró é uma das melhores músicas do mundo, já começa por aí. No repertório, clássicos da música nordestina, do forró, desse baú infinito de música e também canções que já gravei. É um apanhado dos meus discos com algumas músicas nas quais damos uma “enforrozada”. É show animado, para cima, para todo mundo dançar.