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Homenagem a Dona Lucinha movimentou o Mercado Central, em BH

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Na dificuldade em encontrar a palavra exata para definir a emoção com a inauguração da estátua de Dona Lucinha, em frente ao Mercado Central, Márcia Nunes, uma das filhas da célebre cozinheira mineira, recorreu ao que considera palavra inventada pelo pai, José Marcílio Moura. "Uma vez, à noite, papai e um amigo observavam a beleza do Serro, que foi definida por ele como um 'pentânbulo', algo como beleza suprema. Papai uniu duas palavras, o pêndulo, que traz equilíbrio, e o pentágono, forma arquitetônica de excelência humana, de potência harmônica", conta ela, na tentativa de resumir toda a emoção da manhã de sábado passado (8/7).





Antes da solenidade oficial que marcou a inauguração da estátua, criada por Leo Santana, Márcia, seus irmãos e familiares receberam dançantes catopés e caboclos, no Espaço Itambé, no Mercado Central. Parte deles veio do Serro, com a rainha conga Roseane; outra parte, de Belo Horizonte. A filha de Dona Lucinha lembra que tanto o café quanto o almoço, um mexidão, foi feito para 100 pessoas. "Não sabemos ao certo o número de pessoas que passaram por lá, sabemos que foi mais do que esperávamos, mas, como em toda festa de Nossa Senhora do Rosário, ainda assim sobrou comida. O que, para todo devoto, é muito comovente", reconhece.
 
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Depois do café, os dançantes catopés e caboclos puxaram o cortejo, que teve ainda a imagem de Nossa Senhora do Rosário levada por um dos amigos de Márcia, Geraldo Martins. "Foi um momento muito bonito também com os dançantes cruzando arcos e flechas sobre a imagem de Nossa Senhora do Rosário, abrindo caminho."
 
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Márcia apontou como outro momento emocionante quando ela e a secretária-adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Milena Pedrosa, inauguraram a estátua ao lado de Ricardo Vasconcelos, presidente do Mercado Central. "Foi do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a ideia de levar a estátua para a porta do Mercado, fazendo a simbiose de mamãe com aquele espaço", comentou, dizendo que daquele momento solene em diante, tudo foi dança, canto e comoção. "O resto foi festa", comemorou.
 
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Sobre “pentâmbulo”, a palavra criada pelo pai, Márcia, bem-humorada, garante que ainda vai “dicionalizá-la”. Um dia, ela acredita, o vocábulo fará parte do dicionário.