Como foi o processo criativo do figurino de “Estância”?
Normalmente, quando tenho um trabalho novo pela frente, inicio fazendo uma pesquisa sobre o assunto, a história, compositor, livros e o que estiver conectado ao assunto. No caso de “Estância”, não foi diferente. Resumidamente, a música do argentino Ginastera retrata o ciclo de um dia inteiro em que o jovem da cidade se apaixona por uma jovem do campo. Para conquistar seu amor, ele deve se provar um verdadeiro gaúcho. Existem outras complexidades da história tanto do compositor quanto da obra. Minha intenção não era fazer algo óbvio ou literal, mas utilizar informações que pudessem me guiar e trazer um conceito interessante para a roupa, que faça sentido. Acabei chegando no poncho gaúcho, nas bombachas, lenços e botas. Daí evoluí para o resultado final. O convite chegou de forma inesperada, eu tinha pouquíssimo tempo. Acredito que foram em torno de três semanas, do início de minha pesquisa ao dia da estreia no Hollywood Bowl, em Los Angeles.
O fato de ter sido bailarina do Grupo Corpo e conhecer a linguagem coreográfica de Rodrigo Pederneiras facilitou o trabalho como figurinista?
Sim, facilitou muito. As necessidades do bailarino, as complicações de colocar saia onde existem vários duos, a questão de a estrutura do palco ser diferente da habitual, tudo isso pude levar em consideração, da perspectiva de quem já dançou muito ali. Mesmo com pouco tempo, minha prioridade era atender a essas necessidades, alinhada ao movimento do Rodrigo. A roupa deveria trazer conforto para os bailarinos.
Quem é mais exigente: a Janaina bailarina ou a Janaina figurinista, que agora inicia outra fase profissional em sua vida?
As duas são uma só. A forma de me expressar vai mudando aos pouquinhos. Mas sempre houve uma figurinista na bailarina e vai sempre existir uma bailarina na figurinista. Ambas extremamente exigentes e flexíveis.
ANIVERSÁRIO
90 ANOS
Pioneiro de Brasília, Fernando Ramos Dias comemorou seus 90 anos em Belo Horizonte, cidade onde nasceu, rodeado da família. Em 1958, Fernando chegou à futura capital federal com a esposa, Maria Carmem de Azevedo Dias, já falecida, e lá criou os filhos Luiz Fernando, Maria Cristina e Carlos Eduardo.
SUCESSO
PAI E FILHO
No álbum “Triste”, o compositor Chico Adnet faz homenagem ao filho, o ator e humorista Marcelo Adnet. “Companheiro de viagem” foi escrita a partir das lembranças dele sobre o primogênito, ainda criança. “Quando o Marcelo tinha 3 anos, a gente andava na rua de mãos dadas. Quando passávamos por uma vitrine que nos refletia, eu dizia pra ele: 'Olha lá, dois caras, dois caras!'. A canção foi criada sob a emoção de constatar que éramos companheiros de vida, pai e filho”, diz Chico Adnet. O single chega às plataformas em 10 de agosto, na semana do Dia dos Pais. Com 11 faixas (dez de Adnet), o álbum estará disponível na íntegra a partir de 31 de agosto.
JAZZ
O QUE OUVIR NA CIDADE
Em sua 21ª edição, o Savassi Festival, que será realizado de 20 a 27 de agosto, terá palcos em diversos pontos da capital. O Jazzinho, dedicado à programação infantil, e o Nova Onda estarão na Praça Floriano Peixoto. O Palco Instituto Unimed-BH, na Avenida Getúlio Vargas, entre a praça da Savassi e a Rua Alagoas, com atrações variadas. Já o Mulheres na Música Instrumental, assinado pela Funarte, será dedicado ao talento feminino. O New Holland, na Avenida Getúlio Vargas, no quarteirão entre a praça da Savassi e a Rua Paraíba, terá três atrações no dia 27, domingo. Na Praça da Liberdade será instalado o Palco Case.