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Estado de Minas Coluna HIT

Entrevista de Segunda, na Coluna Hit, chega à sua 120ª publicação

Nesta edição especial, bate-papo com o presidente do Minas Tênis Clube, Carlos Henrique Martins Teixeira, e o sucesso da biblioteca do centro cultural do MTC


28/08/2023 04:00 - atualizado 27/08/2023 22:30
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Carlos Henrique Martins Teixeira, presidente do MTC
Carlos Henrique Martins Teixeira, presidente do MTC, celebra os números da biblioteca do clube; empréstimos mensais de livros saltaram de 1.500 para 3 mil (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

 

A seção Entrevista de Segunda, publicada desde 2021, às segundas-feiras, chega hoje (28/8) à sua 120ª edição. E para marcar a data, uma grande notícia. Em menos de um ano – desde a publicação mais recente na coluna sobre o tema –, a biblioteca do Centro Cultural do Minas Tênis Clube dobrou o número de empréstimos de livros, passando de 1.500 para 3 mil empréstimos mensais. Uma grande notícia para provar que, mais do que nunca, o livro físico continua em alta. Para falar sobre o assunto, a coluna conversa com o presidente do Minas Tênis Clube, Carlos Henrique Martins Teixeira.

 

Dez meses depois da mais recente entrevista com André Rubião – ele comemorava a média de 1.500 empréstimos de livros na biblioteca. Agora, o Minas celebra o aumento de 3 mil empréstimos. Como o senhor avalia esse incremento relativamente em pouco tempo?

Desde a sua inauguração, em dezembro de 2021, a biblioteca aumentou seu acervo de 6 mil exemplares para 9.478 publicações, divididas em 19 categorias. Então, além de o espaço com projeto arquitetônico de Isabela Vech ser muito aconchegante e confortável, e obedecer ao cuidadoso conceito de Cleide Fernandes, bibliotecária e gestora cultural da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas, e Fabíola Farias, profissional de letras e pós-doutora em ciência da informação, ele oferece uma gama imensa de opções para todos os amantes das letras. O Minas Tênis Clube acredita que a cultura é um pilar importante para a manutenção de uma sociedade saudável e com senso crítico.

 

O que levou a esse aumento na procura pelos livros?

O que percebemos é que o interesse pela leitura é genuíno. A partir daí, entendemos que o investimento em atividades e ações de fomento à leitura e o contato com a palavra escrita seriam fundamentais. Dessa forma, pensamos em projetos que abraçassem o público levando para ele o conhecimento e formas de leitura. Desde 2016, temos na nossa agenda do Centro Cultural Unimed-BH Minas o Letra em Cena. Como ler…, nosso programa literário que tem a curadoria do jornalista José Eduardo Gonçalves e é totalmente gratuito. Nele, trazemos para o nosso Café Cultural (e em 2023, em algumas sessões especiais, para o nosso teatro) especialistas, acadêmicos, críticos literários que levam para o público, de forma palatável a análise de clássicos em língua portuguesa. Para além disso, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e com patrocínio do Rio Branco Petróleo, em maio deste ano, criamos uma agenda de programação da biblioteca, com palestras, oficinas, rodas de leitura, narração, contação de história para públicos diversos e com acesso gratuito. A curadoria dessa programação pinçou profissionais especialistas reconhecidos na cena literária da capital. Para ampliar o acesso, fizemos no nosso canal oficial do YouTube uma playlist com a gravação dessas atividades.

 

Os dados da biblioteca do Minas mostram que o livro físico ainda exerce fascínio sobre o leitor. O senhor concorda com essa ideia e por quê?

Concordo sim. O objeto livro é um passaporte para o conhecimento, para a imaginação, para um mundo em que cada um de nós tem espaço para sonhar e ampliar a suas ideias, opiniões e pensamentos. E ainda há aquelas pessoas que têm o gosto analógico, que não se entregaram totalmente ao mundo virtual, mantendo a necessidade de pegar no objeto, sentir o cheiro das páginas, observar a capa com cuidado e analisar a imagem. Isso é uma magia, uma paixão e à paixão apenas cedemos o nosso amor.

 

Com o aumento da procura do livro, como o Minas está se movimentando para adequar o acervo, que naquela entrevista de outubro de 2022 era formado por mais de 7 mil exemplares?

Atualmente em nosso acervo há cerca de 9.500 publicações. Mantemos na biblioteca uma equipe de profissionais formada por bibliotecários antenados aos lançamentos do mundo literário e que pesquisam as obras das editoras. Eles também mantêm contato sólido com o público, ouvindo suas necessidades, desejos e vontades. Esses profissionais orientam os leitores e indicam, quando solicitados, leituras. A biblioteca do Centro Cultural Unimed-BH Minas também recebe doações de livros após criteriosa análise da qualidade da publicação.

 

Apesar dessa procura, o que o público ainda não sabe sobre a biblioteca, tantos os sócios quanto não-sócios?

Tentamos manter o público de associados e não associados sempre informado sobre a programação da biblioteca. Enviamos para a imprensa a agenda e publicamos em nossas redes sociais. O perfil no Instagram dedicado à divulgação da cultura do Minas conta com quase 20 mil seguidores. Percebemos sim um gargalo, porque, por mais que o nosso espaço cultural seja público e esteja completando 10 anos de atuação, ainda há pessoas que não o conhecem. Sendo assim, nos esforçamos para sempre estar presente na mídia e nas redes sociais, mostrando o conforto da nossa biblioteca e afirmando que o acesso a ela é gratuito e público.

 

Com a certeza de que a biblioteca se firmou na estrutura do Minas, quais os desafios que ela impõe?

Manter um complexo cultural como é o Centro Cultural Unimed-BH Minas é um desafio diário. Dessa forma, estamos sempre nos estimulando a criar atrações, agendar uma programação criativa e atrativa para todos os perfis de público. Na biblioteca, especificamente, tentamos manter ações que fomentem a leitura e que sejam sedutoras e proporcionem uma experiência única para os amantes da leitura. 

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