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Estado de Minas COLUNA HIT

Apesar dos perrengues, primeira edição do Viva Brasil saiu a contento

Festival fez boa escolha de atrações, mas errou nas estruturas de alimentação e acesso. Muita gente deixou de ver Jorge Ben Jor para evitar o estresse da volta


26/09/2023 04:00 - atualizado 25/09/2023 20:57
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O trio Gilsons e o patriarca Gilberto Gil
O trio Gilsons e o patriarca Gilberto Gil abriram o festival (foto: Bruno Soares/divulgação)
Há muito tempo um festival não causava tanto falatório quanto o Viva Brasil, que levou ao Mirante Olhos D'Água, no domingo (24/9), Natiruts, Iza, Gil, Gilsons, Maria Bethânia e Jorge Ben Jor. As discussões passavam pela escolha das atrações, o tempo curto (pouco mais de um mês) entre a abertura da bilheteria e os shows, além da gama variada de fofocas.
 
Por tudo isso, pode-se dizer que o festival acabou sendo boa surpresa no domingo escaldante. Porém, a próxima edição vai exigir modificações. A começar pela escolha do local. O Mirante, desde os tempos áureos do axé em Belo Horizonte – e olha que faz tempo –, nunca foi “O” espaço. O acesso é ruim, o público tem de subir a pé um trecho grande e íngreme. Quem vai de carro até encontra local para estacionar, mas só se chegar cedo. Porém, a volta para casa é sempre um estresse. Anteontem, boa parte do público saiu antes de acabar a última apresentação, o show de Ben Jor.
 
Maria Bethânia
Maria Bethânia cantou para Gal Costa e Erasmo Carlos, que nos deixaram em 2022 (foto: Bruno Soares/divulgação)
 

PALMAS PARA ELA

Maria Bethânia era a presença mais esperada no Viva Brasil, apesar de muita gente não acreditar que ela pisaria no palco de um festival. Mas diva que é diva vai onde os súditos estão. Bethânia fez a alegria dos fãs, com hits e repertório mais resumido do show “Sucessos”, que ficou em cartaz no Minascentro em novembro de 2022. A homenagem a Gal Costa, com a canção “Um índio”, emocionou o público. A cantora também lembrou Erasmo Carlos, que morreu no ano passado, assim como Gal. Em certo momento, Bethânia chamou a atenção, com certo humor, do fã que expressava aos berros seu amor à diva. “Calma, vai ficar rouco”, disse ela.

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A maior reação da plateia veio em “Cálice”. Ao final da canção, entre aplausos, o público gritava “inelegível!”, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ano passado, Bethânia comemorou esta decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante um show em Portugal.

DE MUSA A TIETE

Último da noite, Jorge Ben Jor dividiu o público. Quem quis evitar o tumulto na hora de ir embora deixou o show pela metade. Quem não abriu mão de ver o bamba da MPB permaneceu firme. Neste grupo estava Iza, cantora que fez participação especial na apresentação do Natiruts, a segunda do festival, antes de Maria Bethânia. Ela acompanhou tudo na fila do gargarejo.

QUE SOL FOI AQUELE?

O trio Gilsons abriu o festival tocando com Gilberto Gil. O baiano emocionou o público, que, mesmo com o sol a pino, não arredou o pé, acompanhando as canções que foram a trilha sonora de várias gerações.

DO LAND A OLHOS D'ÁGUA

Em todos os grandes eventos, há áreas onde o público fica mais perto dos artistas, longe dos perrengues de acesso e de outras correrias. Funcionou bem o sistema de vans que fez o traslado entre o Land e o show. O restaurante, relativamente próximo do mirante, ofereceu combo que incluía almoço e transporte.

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