Nesse calor em que parece existir um sol para cada ser humano do planeta, eventos ao ar livre e, de preferência, após o pôr do sol, são uma boa opção. Quando entre as atrações Samuel Rosa é o principal nome da noite, o público tem mais uma desculpa para lotar o espaço . Foi assim, no domingo (12/11), no Vivo Música, evento itinerante que passou por Belém, Fortaleza e, anteontem, levou cerca de 8 mil pessoas à Esplanada do Mineirão.
A emoção do público estava clara desde os primeiros acordes da Orquestra Sesiminas, que acompanhou o ex-vocalista do Skank. Enquanto o maestro Felipe Magalhães executava "Dois rios", os fãs fizeram coro. O cantor não deixou por menos. Confessou ser sempre emocionante tocar na capital mineira, mas disse que, naquela noite, não iria chorar como no show que marcou o fim do Skank, há 10 meses, no Mineirão. Samuel agradeceu a presença do público e foi além. "Preciso pegar na mão de vocês para seguir nessa caminhada", disse ele, em referência à sua carreira solo.
• ENTRE COVERS E HITS DO SKANK
Entre sucessos do Skank e músicas que são referências para Samuel, o cantor lembrou que essa não é a primeira vez em que trabalha com a Orquestra do Sesiminas. Citou turnê que o Skank fez com o grupo pelo interior de Minas, anos atrás. Brincou com o público, dizendo que, como no dia seguinte, segunda-feira, teria que acordar cedo, o show não iria se delongar. Ao cantar
“Um girassol da cor do seu cabelo”, de Lô Borges, o cantor pediu um viva ao Clube da Esquina. Na lista de covers, Samuel ainda cantou "I can see clearly now", de Jimmy Cliff, "Lourinha bombril", do Paralamas, e "Tarde vazia", parceria dele com o Ira.
• UMA FILHA A CAMINHO
A surpresa da noite foi anunciada pelo próprio Samuel. Ao dedicar o show às mulheres de sua vida - a mãe; a filha, Nina, fruto da relação com Angela Castanheira; a atual mulher, Laura Sarkovas; anunciou que em breve será pai de uma menina, a terceira filha do cantor, que também é pai de Juliano.
• A NOITE DE MARRON
Alcione também levou multidão ao Arena Hall, na última sexta-feira (10/11), com a turnê comemorativa aos seus 50 anos de carreira. O público fez a festa com os grandes sucessos da trajetória de Marron. Mas detalhe curioso, que deixou o show com um quê de saudosismo, eram as imagens da cantora em fases variadas de sua carreira, projetadas ao longo da apresentação. Muitas das fotografias fizeram parte do material usado nos CDs e encartes que agradavam os fãs, que hoje têm que se contentar apenas com os lançamentos no streaming, em sua maioria, sem o charme visual de um passado recente.
• ENREDO DA MANGUEIRA
Quase ao finalzinho do show, Alcione cantou um trecho do samba-enredo da Mangueira, escola que vai homenagear a sambista no carnaval do ano que vem. "Meu palácio tem rainha e não é uma qualquer / Arreda homem que aí vem mulher / Verde e rosa dinastia pra honrar meus ancestrais / Aqui o samba não morrerá jamais". Animada, Alcione disse: "Vocês vão ver a Mangueira passar. E passaremos lindamente". O enredo “A negra voz do amanhã” foi composto por Lequinho, Junior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim.