Um solo de um instrumento é uma criação momentânea que utiliza certas regras como escalas e modos que estabelecem limites e zonas proibidas. Toninho Horta, em “Trem Azul”, por exemplo, criou um solo que soa como assinatura ou um tempero. Está no paladar e na mente dos brasileiros. Gosto muito de dizer que tocar é muito parecido com cozinhar. São conhecimentos onde cada um tem seu jeito e seus caminhos para chegar ao mesmo lugar.
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Monark e a armadilha de seu cancelamento nas redes sociaisPseudociência na esteira da tecnologia da informaçãoChegaram os óculos que estão para além do mundo imersivoO Talibã continua radical, mas o mundo mudou bastante nos últimos 20 anosO álbum Samba Poconé e a mudança de patamar na história do SkankE como na Gastronomia, a simplicidade e a sofisticação, muitas vezes, simbolizam competências inesquecíveis. Dado Villa-Lobos, da Legião, ou Roberto Frejat, do Barão: alguém sabe dizer quem criou mais hits? Tamanha capacidade de tocar o ouvido e alma das pessoas, a dúvida se trata de quem emocionou e emociona mais, e não de se emocionam.
Sou fascinado com fast-food e fico impressionado como certos produtos são os mesmos em qualquer país que você vá. Este padrão absoluto me agrada como consumidor, mas deve ser um terror para quem está produzindo. De toda forma, cada prato ou cada canção acabam tendo um toque diferente, pois em todas as ocasiões, alternando-se “a casa”, estamos utilizando um fogão, panelas e ingredientes diferentes – assim como cada piano tem sua sonoridade e detalhes da afinação que mudam o seu jeito de tocar. Eu também sou fascinado por eles (e mais que fast-food, cujo apreço não é pouco – confesso).
Os americanos são fixados por padronização, diferentemente dos europeus. Os estadunidenses são práticos, adoram produtos enlatados e não reclamam dos transgênicos. Os europeus adoram produtos orgânicos, comida fresca e a cultura do ócio (um salve ao amigo Zeca Baleiro).
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Na música, há um livro chamado Behind The Glass, que conta a história do universo das canções dentro dos estúdios. A grande diferença dos técnicos de gravação norte-americanos para os ingleses são que os primeiros são apaixonados com perfeição técnica, enquanto os britânicos dão mais valor ao registro da emoção do momento. De toda forma, gosto da velha máxima do eterno Telê Santana: "é difícil alcançar a perfeição, mas não é difícil aproximar-se dela".