Muita gente ainda acha que Belo Horizonte só é movimentada pelo setor de negócios, quando se fala em turismo. Ou pior, ainda tem muito belo-horizontino que acha que não há nada para se fazer na cidade. Ledo engano.
Nos últimos anos, a capital mineira vem se consolidando como um destino cultural e gastronômico. Além de características e experiências que só se encontram na cidade, dá para considerar a cidade um resumão de Minas Gerais. Ou seja, é possível encontrar um pedacinho de muitas Minas Gerais nas andanças por Belo Horizonte. Só é preciso um olhar atento e sensível ao redor.
Nos últimos anos, a capital mineira vem se consolidando como um destino cultural e gastronômico. Além de características e experiências que só se encontram na cidade, dá para considerar a cidade um resumão de Minas Gerais. Ou seja, é possível encontrar um pedacinho de muitas Minas Gerais nas andanças por Belo Horizonte. Só é preciso um olhar atento e sensível ao redor.
Qual belo-horizontino nunca usou a frase: "Ah, Belo Horizonte é uma roça iluminada!" Sim, por aqui facilmente se encontra um primo de segundo grau que você não conhecia num boteco. E descobrem isso tomando uma cerveja juntos. Mas no outro extremo, temos sim uma metrópole, com um hipercentro cinza e barulhento como todos do mundo. Mas esse cinza começou a ser quebrado em 2017 pelo Circuito CURA. Um circuito de arte urbana espalhado pelo prédios e empenas da cidade. São vários murais espalhados pela área central, sendo um deles a maior arte de empena do país, pintada pelo artista Robinho Santana, como parte da programação da 5ª edição do Circuito Urbano de Arte. Quem visitar o edifício Cartacho, na rua dos Tupis, 38, no centro da capital mineira, vai se deparar com o trabalho, que ocupa 1.892 metros quadrados (33,20m de largura x 47,80m de altura).
E o melhor é que além sair pela cidade olhando para cima e contemplando essas verdadeiras obras de arte, é possível bem mineiramente sentar em um bar na Rua Sapucaí, no tradicional bairro Floresta, e apreciar alguns desses murais do primeiro Mirante de Arte Urbana do mundo. A experiência pode ser completamente mineira se for saboreada com uma cervejinha gelada e um torresminho. Mas com distanciamento social, por favor! Há também um novo mirante a partir deste ano, é o Mirante da Lagoinha, que fica na Rua Diamantina.
Falando em distanciamento social, esse ano, por causa da pandemia o Festival fez algumas adaptações e apresentou outras formas de expressão artística. Uma delas são as bandeiras que ocuparam a fachada do antigo prédio da Escola de Engenharia da UFMG. Segundo a curadoria do festival, “a instalação dialoga com o momento atual de isolamento social, em que as janelas das casas e edifícios se tornam o principal, e às vezes, único contato com o mundo exterior”.
A arte urbana nasceu como expressão artística na década de 70, nos Estados Unidos. Mas alguns estudiosos afirmam que povos gregos e romanos já utilizavam desenhos pelas ruas como forma de transmitir mensagens. O fato é que quando a arte é levada para onde as pessoas estão e não ao contrário, ela consegue chegar em muito mais pessoas. Isso ajuda não só num processo de educação, como também na democratização da arte, fazendo com que ela saia de um ambiente apenas para poucos e refletindo em todos. Sem falar, que a arte urbana é capaz transformar ambientes depredados por pichações em obras de arte, como o grafite e tantas outras manifestações artísticas.
Entretanto, atualmente, o cenário urbano contempla diversas situações, e uma delas é a questão da segurança pública. Sabemos que todas as grandes cidades turísticas do mundo enfrentam os problemas dos pequenos assaltos e outros tipos de crimes direcionados especialmente para aqueles que andam mais distraídos ou que claramente não são dali. Percebendo isso e o crescimento veloz do turismo como atividade geradora de desenvolvimento social e econômico, a Polícia Militar de Minas Gerais iniciou o projeto Expresso PMMG, do qual com muito orgulho faço parte. Inicialmente, o projeto vai apresentar destinos mineiros e abordar a interface do turismo e a segurança pública.
O primeiro programa abordou justamente o Circuito CURA em Belo Horizonte. Afinal, o hipercentro da cidade é área de policiamento constante e atualmente destino não apenas dos moradores da cidade, mas de turistas que escolhem conhecer a capital mineira além do maravilhoso complexo da Pampulha, Praça da Liberdade e mirante da Serra do Curral. Dessa forma, Belo Horizonte entra de vez para o grupo de destinos turístico-culturais do Brasil.
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