Quem já tem por volta de 40 anos certamente se lembra do clássico da Sessão da Tarde “Viagem Insólita”. Estrelado pelo galã da época Denis Quaid, o filme conta a história de um piloto que participa de uma experiência, na qual seria miniaturizado e colocado no corpo de um coelho para uma viagem por dentro do corpo do animal. Porém, acidentalmente ele vai parar dentro do corpo humano de um hipocondríaco. Ando me lembrando bastante desse filme, pois em 2020, como eu disse aqui na coluna na semana passada, nossa maior viagem foi para dentro de nós mesmos. E cada um fez a sua, sozinho, tipo mochileiro que sai por esse mundão sem saber direito por onde vai passar. Insólito. Raro. Incomum. Foi assim esse ano de 2020.
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Circuito CURA: experiência turística cultural gratuita em Belo HorizonteEmoções: o turismo em época de NatalRumo a 2021: o que esperar do turismo no ano que vem?Mas aí, além das reflexões do setor, era hora de enfrentar o monstro de 2020, a pandemia do COVID-19. Hora de planejar o que seria dos próximos eventos no mundo. Afinal, tivemos que reaprender a participar deles. Neste ano, os eventos começaram sem iniciar com um bom dia, boa tarde ou boa noite. A primeira frase de reuniões e eventos esse ano foi: “estão todos com som? O vídeo está bom?”. No ano que descobrimos que podíamos fazer tanta coisa pela internet, bateu o medo do que não dá para se fazer on line. Foi quando começamos a pensar: e o carnaval?! Neste texto refletimos sobre como a maior festa do Brasil, que em sua essência prevê aglomerações, abraços, perdigotos e suor, estaria condenada em 2021. Pois como eu disse, nem a religião transformou o carnaval em algo tão profano quanto o corona vírus.
E então começou um breve e leve relaxamento. Alguns hotéis, pousadas e restaurantes começaram a ensaiar uma reabertura cheia de restrições. O setor do turismo para não morrer, precisou de oxigênio. Mas o oxigênio do turismo vem das pessoas, e nunca demos tanta importância ao deslocamento quanto neste ano. Mas por ouro lado, e a coragem?! E foi uma retomada recheada de protocolos, mas que deu um certo alívio para aqueles que já não aguentavam mais o confinamento. Aliás, só de saber que já é possível se deslocar, acaba sendo um consolo, não é?! E houve também muita gente criativa, que se reinventou para levar experiências inovadoras, como é o caso da GoGuidia, que falei por aqui também. Quais são as novas normas de etiqueta nas viagens, destinos e experiências criativas, e a relevância que o turismo interno ganhou.
Aqui na coluna, também escrevi sobre se reconhecer como viajante: autoguiado ou agenciado, segmentações no turismo e motivações de viagem. Mas também pensamos sobre a incerteza gostosa que é viajar, afinal “Navegar é preciso, viajar não é preciso”, está lembrado?
E 2020 ainda foi ano de eleições municipais! Será que os novos governantes darão lugar para o turismo?Esse setor que se mostrou essencial para a saúde emocional das pessoas. Neste ano insólito, convido você a uma viagem pelos textos da coluna de turismo, para que possamos além de desfrutar de tantas belezas e experiências que esse mundo nos oferece, entender que por trás das viagens existe uma atividade renovável, e que bem planejada é capaz de gerar desenvolvimento e qualidade de vida. O turismo bem pensado é uma relação ganha-ganha! Ganham os viajantes, ganham os destinos e trabalhadores do setor. Portanto, que 2021 nos devolva a alegria de circular livremente e conhecer pessoas, lugares e experiências transformadoras.
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