Como disse Carlos Drummond de Andrade, um ano para ser novo não precisa “(...)que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem, e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações (...)”. Mas é fato que quando a noite de 31 dezembro vira dia em primeiro de janeiro nossas esperanças se renovam. E este ano elas se renovaram como nos outros, mesmo com pandemia e tantos desafios que sabemos que ainda temos pela frente. Mas a esperança maior é de que o ano termine bem e na virada de 2021 para 2022 as coisas estejam mais calmas. Por enquanto vamos vivendo de protocolos e novos aprendizados. É o que tem pra hoje, não é?!
O vírus continua por aí, circulando, mas alguns destinos conseguiram se adaptar rapidamente. Estes destinos estão conseguindo se destacar mesmo com tantas adversidades. Mas o que faz com que um destino turístico consiga seguir firme nesta tempestade no setor do turismo?! Eu acredito que é uma junção de forças do poder público e da iniciativa privada, pois no turismo é difícil um funcionar sem o outro.
Neste sentido alguns destinos têm trabalhado duro para manter a segurança e garantir a diversão, e o centro do Brasil está chamando a atenção pela organização. Bonito no MS e Nobres no MT, por exemplo, são destinos que estão conseguindo uma harmonia entre o público e o privado em prol do turismo. E estão na crista da onda, pois como são destinos de natureza, já ficam entre os mais buscados.
Também é possível buscar praias sem aglomeração, já que estamos em pleno verão brasileiro. O blog Viaje na Viagem fez um ranking com 40 praias para curtir o distanciamento social. Entre elas estão a linda Península de Maraú, Corumbau, Morro de São Paulo e Santo André, todas na Bahia. Tem também Jericoacoara que além de estar na lista, tem a confirmação de águas calmas pelo melhor bugueiro da região, o Sassá. Se organizando também é possível visitar algumas cachoeiras em Minas Gerais, e se for uma família ou grupo de amigos que já estão convivendo uma boa saída é alugar uma casa em destinos como Lavras Novas, Lapinha da Serra ou Tiradentes. Esses locais além de passeios na natureza e históricos possuem arredores com boas surpresas.
E para saber um pouco mais sobre como está o mundo nas viagens, o site Skyscanner fez um mapa global interativo, que mostra quais fronteiras estão abertas e como está a situação de viagens no mundo.
E neste ano novo também temos prefeituras novas. E se temos prefeituras novas, também temos novos (ou nem tanto) secretários que devem dar os rumos do turismo no período de retomada e pós pandemia. De cá, esperamos que os novos gestores tenham um olhar atento às novas tendências do setor, ao novo comportamento dos viajantes e as demandas e ofertas do empresariado. É importante contrabalancear as políticas públicas e o mercado mais do que nunca. Afinal, o mercado do turismo foi um dos setores que mais sofreu e continua sofrendo nesta pandemia.
E como sabemos, o dia a dia dos negócios, especialmente dos pequenos e médios, não podem esperar o tempo do setor público, sempre tão moroso. Mas voltando à Carlos Drummond de Andrade: “Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”. Portanto, mesmo com todos os cuidados, creio que vamos nos lembrar para sempre a falta que viajar faz em nossas vidas e o quanto, em muitos casos se tornou até mesmo uma questão de saúde emocional como eu disse por aqui na semana passada. Às vezes para acessarmos esse Ano
Novo “que cochila e espera” dentro da gente precisamos nos deslocar fisicamente
para outros lugares.
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