Estamos pagando o preço das festas de fim de ano, é o que dizem. As aglomerações aumentaram os casos de COVID-9 no país, é o que vemos, ouvimos e lemos diariamente nos noticiários e até nas redes sociais. Penso, como turismóloga e não como infectologista, que precisamos encontrar um meio termo entre a festa com 100 pessoas se abraçando e a noite em casa, sozinhos, cada vez mais ansiosos e desenvolvendo outras doenças. Já falei por aqui que a pandemia transformou as viagens em necessidade básica do ser humano.
Diante do contexto de pandemia e da quase vacina, já dá para perceber que vida normal mesmo, na melhor das hipóteses, só no último trimestre de 2021. Mas conseguiremos sobreviver até lá?! Estamos falando de mais de um ano de isolamento, e muitos, muitos protocolos. Neste cenário de pânico e medo, precisamos achar um ponto de equilíbrio. Se alguns destinos e empreendimentos estão seguindo à risca os protocolos, é urgente um olhar atento para esse esforço, afinal o setor do turismo sempre tão esquecido não conseguirá respirar por muito tempo.
A você, viajante, cabe a responsabilidade de entender de uma vez por todas que tal qual um avião ou ônibus leva pessoas para lá e para cá, você pode transportar esse vírus para lá e para cá. Então, mesmo não sendo o ideal, que tal cada um abrir mão um pouco para não precisarmos abrir mão de tudo?! Não sabemos quando será o dia 'D' para o turismo, mas o setor está em agonia.
É um paradoxo, não é?! Os maiores pecados que as pessoas estão cometendo estão diretamente ligados ao turismo. Se deslocar, comer e beber fora e passear. Essa vontade louca de se socializar tem tudo a ver com o turismo. Entretanto, por mais que grande parte do setor se esforce para fazer funcionar, e além de garantir uma bela fatia da economia ainda garantir a saúde emocional das pessoas, um fenômeno estranho tem acontecido. Uma parcela de destinos e empreendedores, eu acredito que a menor, não cumpre os protocolos e o setor público, como sempre, abandona de vez o turismo. Ou seja, aqueles que proporcionam o que mais tem feito falta para as pessoas que é passear, comer e beber fora de casa e essencialmente se deslocar, estão largados à própria sorte.
Neste ano de renovação do setor público municipal, tenho certeza que todos anseiam por um olhar mais assertivo para o turismo como grande vetor de desenvolvimento econômico e social que ele é. É urgente que pessoas qualificadas encabecem as pastas de turismo e entendam que turismo vai muito além de realizar eventos e ter passageiros desembarcando diariamente no seu destino. Tem que ter plano e paralelo a isso tem que ter educação para o morador e para o turista. Educação que transforme esses novos protocolos, pelo menos o que temos de emergencial, em algo um pouco mais leve e mais inserido nas rotinas dos viajantes e das comunidades. Talvez isso faça com que essa nova onda passe com menos cara de tsunami. Então, no caso no turismo, a hora “H” é agora, não dá mais para esperar o dia 'D'.
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