Ao ler este título, você leitor, está provavelmente em busca basicamente de onde e quanto custa esta experiência, nesta “nova” modalidade de viagens. Claro que vou abordar um pouco sobre quais destinos já começaram a praticar o tal turismo de vacina, mas te convido aqui a uma reflexão mais profunda sobre como as viagens tem um forte impacto em nossas vidas, como determina certos comportamentos e mais, como a segmentação é estratégica, tanto na gestão de destinos turísticos quanto na decisão de viagens por parte do turista.
Já falei sobre segmentação turística no meu blog, no texto “Segmentação Turística: o que é e porque é tão importante”. Mas em resumo a segmentação é uma forma de explorar o turismo pelo viés do que motiva as pessoas a viajarem. Ou seja, um destino turístico ou empreendimento se posiciona de forma entrar na lista de desejos dos turistas de uma maneira pontual.
Já falei sobre segmentação turística no meu blog, no texto “Segmentação Turística: o que é e porque é tão importante”. Mas em resumo a segmentação é uma forma de explorar o turismo pelo viés do que motiva as pessoas a viajarem. Ou seja, um destino turístico ou empreendimento se posiciona de forma entrar na lista de desejos dos turistas de uma maneira pontual.
Leia Mais
Você já viajou pelas janelas de Minas Gerais?Viagem: Presente de Dia das MãesTiradentes: cidade histórica mostra inovação no turismo em plena pandemiaPrós e contras do planejamento e improviso na sua viagemTurismo no inverno: destinos que aquecemViagem no Dia dos Namorados de 2021: vale a pena?Você sabe o que é Transformação Digital no Turismo?A segmentação passa tanto pela vocação do destino, como pelo investimento disponível para o estímulo à atividade turística. E em casos específicos, como o do tema da nossa coluna de hoje, pelo senso de oportunidade. Já abordei o tema turismo e vacina por aqui, há algumas semanas, no texto 'Vacina e viagem: efeitos políticos e econômicos que influenciam o turismo'.
Entretanto, alguns destinos, já bem posicionados em outros segmentos, encontraram na vacina contra a COVID-19 uma forma de estimular a visitação turística, aliando seus atrativos turísticos à esperança da não contaminação e garantia de saúde. Não entrar nas estatísticas mundiais da pandemia é atualmente o elemento mais cobiçado do mundo. Saúde virou luxo (ou sempre foi?!), e como já sabemos historicamente, este é um artigo disponível em abundância apenas aos mais abastados. E nesse encontro do santo com o andor, podemos assistir aos endinheirados ávidos pela vacina e pelas aglomerações se encontrando com a oportunidade não apenas de viajar, mas de encontrar o pote de ouro no fim do arco íris. Só que dessa vez o ouro vem forma de seringa, e não engorda nossa conta bancária, mas invade nosso corpo de imunidade.
Obviamente que existe a discussão moral, sobre o “turismo de vacina”, mas a verdade é que sempre aconteceu. Tudo aquilo que de alguma forma motiva as pessoas a viajarem, recebe o batismo de turismo de qualquer coisa. Por isso, para saber aproveitar as oportunidades que o turismo gera, seja para quem produz ou para quem consome a atividade, é importante a busca pelo profissionalismo na atuação. Só assim é possível trabalhar o turismo como oportunidade e não oportunismo.
Para os que querem se planejar para uma viagem de vacina, é bom saber que os valores transitam entre R$ 18 mil e podem chegar a R$ 50 mil, por pessoa. Afinal a prática do turismo tem a ver não só com a motivação, mas essencialmente com a disponibilidade financeira do viajante. Os Estados Unidos tem sido o destino mais comum para os brasileiros, especialmente no estado da Flórida. Os pacotes geralmente incluem uma parada para quarentena de 15 dias no México, Costa Rica ou República Dominicana e em seguida para os Estados Unidos, já com a data da vacinação marcada. Quem quiser visitar o castelo do Conde Drácula, na Romênia, pode ir e trocar a mordida do vampiro pela picada da vacina. Já o prefeito de Nova York anunciou que a vacina aos turistas seria realizada em plena Times Square e Central Park, com o objetivo de incentivar o turismo.
Neste salve-se quem puder, onde quem tem mais passa na frente, quem de nós pode atirar a primeira pedra?! Afinal todos nós do reino animal temos como instinto a sobrevivência. E se a sobrevivência passar por dias de quarentena em um resort em Cancun e finalizar com a imunização e uma tarde de compras em Nova York, quem não se arriscaria, não é?!
Quer saber mais sobre turismo, além de apenas dicas de viagem? Me siga no Instagram @blogdaisabellaricci ou acesse blogdaisabellaricci.com.br