Ainda que o turista não saiba exatamente como, ele precisa de uma certa lógica e organização para conhecer um destino. E não estou falando apenas de roteiros turísticos. Se ele não sente isso quando viaja para um local, ele normalmente volta dizendo que poderia ter sido melhor, que só descobriu determinada coisa já no fim da viagem ou que circular pelo destino tinha suas dificuldades. Essa lógica é construída pelo destino.
Para se ter resultados tanto no médio quanto no longo prazo, um destino turístico precisa se organizar. E não pense que essa organização é simples. Ela envolve empresas privadas e setor público, infraestrutura e serviços, o tangível e o intangível.
Para facilitar essa organização, além de outras coisas, são necessárias as políticas públicas e legislação específica, para criar uma balança que dê equilíbrio e bons resultados para as populações que recebem o turista, para os empreendedores dos destinos e para os turistas que os visitam. Neste sentido, o estado de São Paulo criou os distritos turísticos para impulsionar o desenvolvimento do turismo.
Conceitualmente, os distritos turísticos são arranjos maiores do que uma integração de roteiros ou rotas. São uma nova modalidade de pensar e gerir o desenvolvimento turístico olhando para toda uma região, que pode ser um bairro ou um conjunto de municípios.
Um limite geográfico é natural para que seja possível essa diferenciação, mas não é fundamental que seja assim. Os distritos turísticos precisam ser entendidos como uma nova forma de pensar o desenvolvimento do turismo local e regional, amparado por regramento específico que facilite e dê segurança para a atração de investidores.
Nesse sentido, as afinidades acabam sendo fator de organização, tal como no Programa de Regionalização do Turismo do Governo Federal, que já é uma realidade em diversas regiões turísticas do país há pelo menos 15 anos.
Já com uma lei sancionada no estado de São Paulo, os distritos turísticos podem se enquadrar em quatro modalidades: relevância paisagística, natural ou cênica; relevância histórica, arquitetônica, étnica ou cultural; existência de complexos de lazer e parques temáticos; e por fim, presença de orla marítima. Quando um município ou território se torna um distrito turístico, ele poderá investir ainda mais em ações que impulsionem o fluxo turístico, gerar mais empregos e renda e estimular diversas segmentações turísticas como os parques temáticos, a gastronomia, a cultura e outras.
É claro que é essencial que novos projetos e legislações conversem com tudo que já acontece na gestão do turismo, tal como políticas públicas pré-existentes e projetos que já foram efetivados com sucesso. No final, é possível ter disponível, um destino turístico organizado para os empreendedores do setor, tais como meios de hospedagem, agências de viagem e bares e restaurantes e também para os consumidores. Se estas duas pontas funcionam bem, significa que uma cadeia enorme se beneficia do turismo naquele território.
O primeiro distrito turístico criado já nesta nova legislação em São Paulo, é a cidade de Olímpia, que é conhecida pelos parques aquáticos e águas termais. O próximo será o de Serra Azul, em uma área que inclui parte dos municípios de Itupeva, Louveira, Jundiaí e Vinhedo, como foco na expansão de parques temáticos, além de centros de compra e entretenimento.
E o que o turista ganha?! Com organização o turista consegue explorar o destino de maneira mais eficiente e ter a certeza que as localidades estão planejadas para recebe-lo. O que reflete em bons serviços e excelente experiências para colocar na bagagem.
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