Você com certeza, em algum momento da vida, já escutou que mais importante que o destino é o caminho. Esta é uma afirmação que pode se encaixar em diversos momentos da nossa vida, de maneira metafórica. Mas existe um grande grupo, em especial, que leva essa premissa ao pé da letra. São os mototuristas, que, apaixonados pelo veículo de duas rodas, buscam rotas que não só levam a destinos encantadores, mas que fazem a viagem valer a pena. O moto turismo é um segmento que cresce no setor do turismo, e a Rota Capitão Senra em Minas Gerais, vem se configurando como uma bela amostra de rota turística estruturada e já conta com diversos apoiadores.
Em primeiro lugar é preciso entender como este grande grupo está organizado e quais são suas preferências. São basicamente 3 tipos: os motociclistas de asfalto, facilmente percebidos quando montados nas famosas Harley Davidson, conhecidas como custom e touring. Estas são motocicletas concebidas para utilização em longas viagens e em rodovias bem pavimentadas, com generoso espaço para bagagem e aquela garupa romântica ou aquele parceiro de estrada. O segundo tipo é aquele bem aventureiro, que viaja em motocicletas de altas cilindradas, no estilo trail (trilha) e bigtrail (grande trilha), e transitam tanto no asfalto quanto em estradas de terra, o famoso off road. Estas motocicletas enfrentam qualquer tipo de terreno e de aventura. E por fim, temos o motociclista que quer viajar mesmo em motocicletas de média cilindrada, como Street, Scooter, Naked e Sport.
Tantos nomes em inglês provavelmente têm suas raízes na tradição dos Estados Unidos na prática do mototurismo. Afinal, a rota mais famosa e notável do mundo é a Rota 66, que começa em Chicago (Illinois) e termina em Santa Mônica (Califórnia), atravessando oito estados americanos e perfazendo um percurso total de 3.939 quilômetros. Essa rota já foi cenário de diversos filmes e está no imaginário de muitos turistas, sejam apaixonados por motocicletas ou não. Esta é a força de um destino turístico, estar presente no imaginário de muitas pessoas, ainda que elas não sejam particularmente um público-alvo.
No Brasil, algumas rotas de moto turismo já recebem um número expressivo de motociclistas. A Serra do Rio Rastro, em Santa Catarina, a Rota Romântica que passa pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e a Rota do Sol, no Rio Grande do Norte, são alguns exemplos. E agora, temos em Minas Gerais a Rota Capitão Senra para chamar de nossa!
No Brasil, algumas rotas de moto turismo já recebem um número expressivo de motociclistas. A Serra do Rio Rastro, em Santa Catarina, a Rota Romântica que passa pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e a Rota do Sol, no Rio Grande do Norte, são alguns exemplos. E agora, temos em Minas Gerais a Rota Capitão Senra para chamar de nossa!
Capitão Senra foi capitão e motociclista da Polícia do Exército, escoltou diversas autoridades e fundou em 1980 o Motogrupo Águias de Aço. Por isso foi um dos primeiros incentivadores do mototurismo no Brasil. Em 2013, quando a Harley-Davidson celebrava seus 110 anos, Capitão Senra foi escolhido como cliente símbolo da marca no Brasil, recebendo homenagem especial de Bill Davidson, bisneto de William Davidson, um dos fundadores da montadora americana.
A Rota Capitão Senra tem um trajeto de 140 quilômetros, passando por dois Circuitos Turísticos: Veredas e do Ouro. Começa em São Sebastião das Águas Claras, em Nova Lima, distrito mais conhecido como Macacos, passando pelo Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, Casa Branca, Piedade do Paraopeba, Suzano, Aranha, Brumadinho, Topo do Mundo, Lagoa dos Ingleses e Alphaville. A rota ainda interliga duas Rodovias Federais, a BR-040 e a BR-381. O percurso pode ser realizado na ida por um lado e no retorno, por outro, passando por diversas localidades charmosas, cheias de atrativos turísticos, pousadas, lojas de artesanato e, claro, bares e restaurantes com excelentes amostras da gastronomia mineira.
De acordo com Anderson Damasceno, instrutor da Academia de Pilotos Road Training, membro do Águias de Aço e embaixador da Rota Capitão Senra, os praticantes de mototurismo, independentemente de qual motocicleta pilotam, têm o mesmo objetivo: conhecer novos roteiros, consumir pelos destinos que passam e se encantar. Por isso, tal qual o cicloturismo, que também cresce como segmento do turismo, o mototurismo tem sim um público específico, mas que é generoso ao receber sempre novos adeptos. Então, quem sabe sua próxima viagem não será conhecer um pedacinho de Minas Gerais sobre duas rodas?!
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