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BOMBA DO JAECI

Zezé Perrella não poupa os jogadores do Cruzeiro

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“Monte de cagão”
O homem-forte do futebol do Cruzeiro, Zezé Perrella, deu entrevista chamando os jogadores de “um monte de cagão”, logo após a derrota para o Vasco, que deixou o clube à beira de Segundona. Disse também que a bola está queimando nos pés deles, pois o psicológico está abalado. O problema é que jogador de futebol se melindra por tudo e por nada. O dirigente pode até pensar isso, mas não deveria ter falado publicamente. Se a situação já é grave, imaginem depois dessa declaração? Zezé voltou ao clube na tentativa de salvá-lo da queda, mas, depois do apito final de domingo, contra o Palmeiras, poderá ver seu objetivo frustrado. Vale lembrar que ele não tem responsabilidade numa possível queda, pois pegou o navio afundando, e tentou salvá-lo.



Onde estão os responsáveis?
Se a queda for confirmada, um conjunto de fatores será o responsável por ela. Uma diretoria acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e outras falcatruas, pagando mais de R$ 70 milhões em comissões a empresários. Contratação de ex-jogadores em atividade, ganhando mais de R$ 1 milhão por mês. Fred e Thiago Neves são dois exemplos de contratações pífias. Além deles, Egídio, Edílson, Robinho, Ariel Cabral, David, Sassá e tantos outros jogadores que não têm a menor condição de vestir a camisa azul também são culpados. Salvam-se Fábio, Léo, Henrique e Dedé, além dos jovens que entraram na fogueira. Esses sempre honraram a camisa azul. O clube deve mais de R$ 500 milhões, os salários estão atrasados e tem muita coisa a ser corrigida. O MP precisa dar uma satisfação aos torcedores e à sociedade de bem sobre as acusações feitas pelo Fantástico, da Rede Globo. Os dirigentes são culpados ou inocentes? Pela torcida, eles já foram julgados. Pela campanha pífia e pela possível queda, estão condenados.

Quatro técnicos em um ano

O Cruzeiro trocou de técnico quatro vezes este ano. Essa sempre foi uma receita líquida e certa para uma queda para a Série B. Alguns jogadores demitiram e contrataram treinadores. E o pior: o único que tinha condições de fazer um bom trabalho, Rogério Ceni, trombou com Thiago Neves e perdeu a batalha. O jogador, hoje execrado pela torcida e diretoria, foi um dos principais responsáveis pela queda de Ceni, boicotando seu trabalho. Segundo informações, indicou Abel Braga, seu velho amigo, e o Cruzeiro não evoluiu em quesito nenhum. Agora, o clube está com uma bomba nas mãos, já que Neves deverá acionar a Justiça, pois está afastado do grupo e não tem mais clima para atuar no Cruzeiro. O contrato dele vai até 2021 e, segundo consta, seu salário gira em torno de R$ 1,5 milhão mensais. Um descalabro para um clube quebrado e devendo na praça e na Fifa.

Mano Menezes

Demitido do Palmeiras, Mano Menezes largou o Cruzeiro nessa péssima situação principalmente por ter poupado jogadores em várias rodadas do Brasileirão, privilegiando Copa do Brasil e Libertadores, onde foi eliminado. Rico e tranquilo na vida, pois ganhou muito dinheiro na China, em sua curta passagem de sete meses – lá enxergaram que ele não sabia nada de bola e o mandaram embora –, deve estar em casa, descansando, enquanto o Cruzeiro vive o drama de sujar sua rica e gloriosa história. A chegada do técnico Jorge Jesus ao Flamengo desmascarou a maioria dos técnicos brasileiros, retranqueiros e ultrapassados, e Mano está nesse rol. Pelo péssimo trabalho desenvolvido, é um dos principais responsáveis, caso a queda se concretize. Que prejuízo, senhor Mano Menezes!