O Bayern de Munique é o novo dono da Europa. Derrotou o PSG por 1 a 0, gol de Coman, em Lisboa, e chegou à sua sexta conquista, com 11 jogos e 11 vitórias na Champions League. Neymar não foi notado em campo, exceto nas vezes em que caiu. Vale destacar que o time francês tem apenas 50 anos e que chegou com méritos, também. Mas, quem tem Thiago Silva e Marquinhos, titulares da Seleção Brasileira, não pode realmente pensar em taça importante.
Já o Bayern ganhou tudo na temporada. Que time bem treinado, com jogadores comprometidos com o esquema tático do técnico Flick. A “Orelhuda” ficou em boas mãos, aliás, em merecidas mãos. O melhor time da competição.
De um lado Neymar, nosso único craque, doido para tocar na “Orelhuda” e se tornar o melhor jogador do mundo. Do outro, um time frio, acostumado as decisões, com 5 taças da Champions League, e um artilheiro chamado Lewandowski, polonês, mas que é um dos ídolos dos alemães. Ainda tinha Muller, Gnabry, Mbappé, Di Maria, jogadores talentosos e que fazem a diferença.
O palco era o Estádio da Luz, em Lisboa, sem torcida, é claro, por causa do coronavírus. O Bayern se precaveu na defesa, pelos erros que cometeu na partida contra o Lyon. Estava mais seguro. Neymar não pegava na bola, mas, na única chance que teve, diante de Neuer, tremeu e chutou em cima do goleiro alemão.
Os contra-ataques com Mbappé eram sempre perigosos. Di María também perdeu ótima chance. Na grande oportunidade do Bayern, Lewandowski chutou na trave. Depois, numa cabeçada, Navas salvou. O Bayern era superior, mas, o PSG jogava bem fechado, abrindo mão de atacar, pensando numa bola.
O time alemão tinha mais posse de bola, o controle do jogo, mas se expunha volta e meia. Quase levou um gol, numa saída de bola, em que Gnabry errou e deu nos pés de Di María.
Mas o Bayern sabia o que estava fazendo. Mesmo perdendo um dos líderes do time, Boateng, que saiu machucado, não mostrou desespero. Já o PSG não queria correr o risco de levar um gol e desabar. Sabia que enfrentava uma máquina de gols, que quando faz um, vai fazendo em seguida.
O jogo caminhava para o intervalo quando Coman passou por Kehrer e foi puxado, na área. O árbitro italiano fingiu que não viu e nem quis o árbitro de vídeo. Uma vergonha! Os dois times foram para o intervalo com o injusto 0 a 0. O Bayern merecia ter vencido a fase inicial.
Nem sempre a melhor equipe vai golear. O Bayern adotou uma postura consciente, para não correr riscos com Mbappé e Neymar. Ambos são velozes e poderiam ser mortais. Em nenhum momento o Bayern perdeu o controle do jogo. Atuou dentro do planejamento do técnico Flick.
O PSG sabia que se abrisse, tomaria uma sacola de gols, e procurou jogar com cautela, explorando os contra-ataques. O gol do Bayern era questão de tempo e veio numa bela jogada pela direita, em que Kimmich pegou a sobra e cruzou no segundo pau. Coman apareceu livre e cabeceou, no contrapé de Navas, fazendo o gol da vitória.
Mesmo depois do gol, os bávaros mantiveram a mesma seriedade e postura. Thiago era o melhor do time. Comandava o meio-campo com maestria. Pena que ele optou pela nacionalidade espanhola e não quis jogar pelo Brasil. Que baita jogador.
O tempo passou. Não havia muito a ser feito. Neymar e Mbappé foram anulados pelos homens de defesa do Bayern. O time alemão chegou à sua sexta conquista, com merecimento, invictos, sem nenhum empate ou derrota. Um timaço, um exemplo a ser copiado.
Tenho a esperança que os técnicos brasileiros tenham visto essa final, ou, pelo menos, algum jogo do Bayern na temporada. Será que aprenderam alguma coisa? O Bayern é o dono da Europa. Uma máquina de fazer gols, um time muito bem treinado, muito bem conduzido. Parabéns ao futebol alemão. O novo dono da Europa tem nome e sobrenome e chama-se Bayern de Munique!