O Galo joga pelo empate, domingo, às 16h, no Mineirão, contra o Tombense, para ser campeão mineiro. Venceu o primeiro jogo por 2 a 1, de virada, gols de Sasha e Keno, descontando Rubens para o time de Tombos. O Galo mereceu a vitória por tudo o que produziu em campo. Buscou o gol do primeiro ao último minuto. O Tombense foi castigado pela retranca e pela falta de objetividade, mas foi um guerreiro.
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A distância entre as duas equipes definiu o confronto.
Foi um jogo muito interessante no primeiro tempo. Sampaoli entrou com 4 atacantes: Savarino, Keno, Marrony e Sasha. No meio-campo, Jair dava o equilíbrio. É um belo volante. Hyoran era razoável.
A defesa era composta pelo tradicional esquema de dois laterais e dois zagueiros. As melhores chances foram do Galo. O goleiro Felipe trabalhou demais. Mesmo com uma postura defensiva e um time muito bem organizado, o Tombense viu Marrony chutar com perigo, Keno cabecear para grande defesa de Felipe, um belo chute de Arana, de pé direito, e uma cobrança de falta também muito perigosa.
O Tombense não conseguia chegar e o goleiro Rafael, praticamente, foi um espectador privilegiado. A rigor, não fez nenhuma defesa. O jogo era em alta velocidade e o Atlético o dono da posse de bola a maior parte do tempo. Mas o time de Tombos entrou com o regulamento debaixo do braço, com a vantagem de jogar por dois resultados iguais.
O 0 a 0 até podia ser um grande resultado para o Tombense, porém, era apenas o primeiro jogo e os primeiros 45 minutos. A vantagem foi mantida, mas é sempre perigoso jogar pelo resultado que lhe interessa, sem agredir o adversário. Vantagem a gente usa no segundo jogo, no final da partida.
É difícil uma equipe segurar o resultado, sem criar nada, sem chutar a gol, tomando pressão. Uma hora a bola entra e, aí, abre a porteira. Se houvesse um vencedor no primeiro tempo, com certeza deveria ser o Atlético. Foi a única equipe que procurou o gol. Um registro à parte vale ser feito: tenho gostado dos novos árbitros desse Campeonato Mineiro. Marco Aurélio Ferreira fez belíssima arbitragem, seguro, usando critério para os dois lados. Quem bom isso!
GOLS
O Atlético voltou com Marquinhos e Alan Franco. E continuou no mesmo ritmo, pressionando, criando situações, chutando em gol. O goleiro Felipe continuou a se destacar. Só dava Galo. O Tombense continuava com sua postura de se defender. Porém, num cruzamento da esquerda, Júnior Alonso segurou Rubens, na área, sem necessidade, e o VAR chamou o árbitro. Ele confirmou a penalidade. O próprio Rubens bateu com categoria. 1 a 0 Tombense.
Não deu tempo nem para comemorar. Júnior Alonso se redimiu, quando chutou, de fora da área, e Felipe, logo ele que era o melhor em campo, falhou e rebateu nos pés de Sasha, que empurrou para o gol. Galo 1 x 1 Tombense.
Vejam o que é a vida do goleiro. Numa falha ele é crucificado. Goleiro não pode errar. O centroavante perde inúmeros gols, mas, se fizer o da vitória, sai consagrado. Já o goleiro, pode fazer várias defesas, porém, se falhar num lance, é crucificado.
O Galo continuou em cima, tentando o gol da vitória. Sampaoli mudou a equipe várias vezes, mas não deu muito certo. Muitas bolas alçadas na área, sem objetividade. Os caras se livravam da bola e não cruzavam com eficiência.
Mas o goleiro Felipe, que havia falhado no gol do Galo, voltou a fazer defesas importantes. Do outro lado, Rafael trabalhou duas vezes, principalmente, numa cabeçada de Rubens, quando fez uma defesa importantíssima, e no rebote, também. Mas havia emoção até o fim.
Marquinhos quase marcou, em grande defesa de Felipe. Mas o torcedor alvinegro pôde comemorar mesmo no último lance da partida. Keno recebeu na área e soltou a bomba. A bola desviou na zaga e entrou. Galo 2 a 1, por merecimento, por ter buscado o gol o tempo todo.