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Estado de Minas COLUNA DE JAECI CARVALHO

Bola na trave não altera o placar, e Galo goleia São Paulo no Mineirão

Galo produziu muito mais a partir dos 30 minutos de jogo e foi superior


03/09/2020 22:22 - atualizado 03/09/2020 23:07

Alan Franco marcou os dois primeiros gols do Atlético em vitória no Mineirão(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
Alan Franco marcou os dois primeiros gols do Atlético em vitória no Mineirão (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
Atlético e São Paulo fizeram um grande jogo no Mineirão, e o time mineiro goleou por 3 a 0 com gols de Alan Franco (2) e Jair. O time paulista foi superior no primeiro tempo, mandando duas bolas na trave. Mas, como diz a música do Skank, “bola na trave não altera o placar”. E não alterou. O Galo produziu muito mais a partir dos 30 minutos de jogo e foi superior.

A velha máxima do futebol prevaleceu no jogo Atlético x São Paulo. “Quem não faz, leva”. O time paulista mandou duas bolas no travessão, massacrando a defesa alvinegra. O goleiro Rafael fez umas três grandes defesas, mas quem marcou foi o Galo. Antes, o São Paulo teve um gol anulado pelo VAR, de forma duvidosa. O próprio comentarista de arbitragem da TV disse que o gol foi legal. Porém, esses comentaristas de arbitragem, que tanto erraram quando apitavam, continuam errando até com o recurso da televisão. 

Mas o VAR viu Luciano em impedimento milimétrico. Muito duvidoso. O time da Fernando Diniz impunha grande velocidade, atacava com 5 jogadores e se defendia bem. O Galo não conseguia chegar. Keno continuava a ser aquele jogador inexpressivo. Sasha, bem marcado, não aparecia. E foi numa saída de bola que o time paulista confessou. Tchê Tchê perdeu a bola no meio-campo, Jair tomou e lançou para Alan Franco tocar na saída de Tiago Volpi. Galo 1 a 0. 

Eram 35 minutos e, daí em diante, o time mineiro passou a comandar as ações. Mas o São Paulo teve outra chance, quando Hernanes bateu falta e Rafael fez grande defesa. E quando os dois times já iam para o vestiário, uma boa triangulação encontrou Alan Franco na área. Ele ganhou do zagueiro e tocou na saída de Volpi. 2 a 0. 

Um placar que não refletia o que foi a partida nos primeiros 45 minutos. Dessa vez os atleticanos não podem reclamar da sorte. O São Paulo finalizou dezenas de vezes, a maioria no gol de Rafael, mas não conseguiu marcar. 

O Galo chegou bem menos, mas, pode-se dizer que foi eficiente, já que conseguiu a vantagem de dois gols no placar. Mas, foi um dos melhores primeiros tempos que vi nesse Brasileirão até aqui.

O Atlético voltou com o mesmo time. O São Paulo fez uma mudança, pondo Vitor Bueno. Com 7 minutos do segundo tempo, Igor Gomes substituiu Hernanes, e Brenner entrou na vaga de Paulinho. Três mudanças, ficando com 4 atacantes. Com isso, o time paulista ficou exposto. 

O Galo tinha jogadores velozes para o contra-ataque. Pena que Keno continua improdutivo. Recebeu em velocidade, entrou na área e deu um peteleco na bola. E, aos 13 minutos, cobrança de escanteio para o Galo: Júnior Alonso subiu no segundo pau e a bola chegou em Jair, que fez 3 a 0, também de cabeça. 

E o Galo começou a perder gols. O São Paulo estava irreconhecível no segundo tempo. O Atlético poderia até fazer mais gols, pois havia muito tempo e era o dono da partida. Keno mandou na trave. Foi seu último lance. Marquinhos entrou em seu lugar. O ritmo diminuiu. 

Quando Sampaoli foi contratado e pediu um goleiro que soubesse jogar com os pés, eu disse que ele deveria ensinar Victor e Rafael a trabalhar assim. E Rafael está evoluindo a cada partida. Além de muito seguro debaixo dos paus, tem jogado muito bem com os pés. Savarino e Marrony entraram. Isso é legal em Sampaoli. Ele gosta de atacar, copiando o que Jorge Jesus fazia no Flamengo. O resultado acabou sendo justo pelos gols e por tudo o que o Galo fez no segundo tempo. Agora, o Atlético terá dois jogos fora de casa contra Coritiba e Santos.

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