Ainda assim, o jogo começou como tem começado todos os jogos do Galo: a equipe pressionando o adversário, diminuindo os espaços, procurando o gol. O Bragantino se defendia como podia e não ameaçava o goleiro Everson, que fazia sua estreia.
Sampaoli pôs Mailton, Savarino e Sasha no ataque. São as invenções do técnico. Mailton era uma espécie de ala. O Galo não era tão intenso, mas espremia o Bargantino. Aliás, o time montado pela Red Bull é muito fraco e sério candidato ao rebaixamento.
Mas o gol atleticano saiu em cobrança de escanteio feita por Arana. Ele achou Réver, que subiu no segundo pau, no segundo andar, e fez, de cabeça, Galo 1 a 0. O Atlético teve mais uma boa chance com Sacha e nada mais.
Aí foi a vez de o goleiro Everson trabalhar, mostrando ser também excelente com as mãos, já que para Sampaoli, goleiro que joga bem com os pés é fundamental. Lembram-se quando eu antecipei neste espaço, assim que ele foi contratado, que exigia um goleiro com essas características?
Pois é. Tanto fez que conseguiu. Seu sonho era Campaña, uruguaio que joga no Independiente, mas, como não foi possível, ficou com Everson, que chegou ao Santos quando ele era treinador. Nada como o tempo para mostrar a verdade. Mesmo com Rafael contratado, Sampaoli disse ao presidente que pensava em outro goleiro.
O Bragantino ameaçou uma única vez. Claudinho, da entrada da área, chutou colocado. Havia muita gente na frente de Everson, mas ele voou e tocou para escanteio.
O resultado parcial a favor do Galo foi justo, pois foi a equipe que procurou o gol o tempo todo.
Logo no início do segundo tempo, o Bragantino empata. Lucas Evangelista chuta forte e a bola explode no travessão. Porém, no rebote, Alerrandro, ex-jogador do Galo, empurrou para as redes: 1 a 1. Ele nem comemorou, em respeito ao ex-clube.
O time do interior paulista se animou e quase marcou em boa jogada pela direita, que Claudinho chutou para fora. O Bragantino voltou melhor, pressionando mais.
Mailton não dava certo como ala. Seria melhor trocá-lo. E foi isso que o auxiliar técnico fez, por ordem de Sampaoli, que não estava na área técnica, pois fora suspenso. Ele pôs Keno. Savarino também era dominado facilmente. O ataque do Galo não funcionava.
Em boa trama pela esquerda, Keno entrou na área e foi derrubado. Pênalti claro. Eduardo Sasha bateu muito mal, de forma displicente e perdeu. O goleiro Júlio César espalmou a escanteio. No rebote da cobrança, Savarino chutou na trave, a bola voltou para Arana, que cruzou e Sasha tocou para o gol, mas estava impedido.
Não dava para entender Marquinhos e Marrony no banco. Esse Sampaoli inventa demais. O Galo deveria aproveitar a oportunidade com a rodada que lhe era favorável. O Flamengo perdia para o Ceará. O Inter perdia para o Goiás.
Nathan, recuperado de contusão, entrou. Era mais uma esperança de gols. O Atlético explorava Keno na esquerda, mas ele era inofensivo. Arana arriscou da entrada da área. Chutou longe. O Galo não tinha a intensidade de outros jogos.
O Bragantino se fechava e partia em contra-ataques, vez ou outra. E coube a Savarino pegar um rebote e chutar forte, Júlio César defendeu dentro do gol, e bola entrou e muito.
Galo 2 a 1, chegando aos 18 pontos e segue entre os ponteiros, com um jogo a menos. Mesmo não jogando bem, o Atlético continua no bolo entre os candidatos ao título do Brasileiro.
Neymar expulso
No clássico pelo Campeonato Francês, entre Olimpique de Marselha e PSG, o time de Paris perdeu por 1 a 0 e teve Neymar expulso. Ele acusou o zagueiro espanhol Álvaro Gonzales de ato racista. Logo Neymar, que em todo o processo do “Black Lives Matter” não se manifestou a favor dos protestos contra o racismo.