Jornal Estado de Minas

Coluna

Cruzeiro empata, mas continua no Z-4. Felipão ganha 4 pontos em 6

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Desde janeiro eu venho avisando que com esse time o Cruzeiro vai continuar na Série B. Sugeri, naquela época, ter um time de Série A na B, e um técnico de ponta. Não havia como. Sem dinheiro e com seus cofres assaltados pelos ex-dirigentes, indiciados por corrupção, não houve como e o jeito foi manter técnicos sem qualidade. O atual presidente até acordou, com a minha sugestão de trazer o Felipão, mas acho que agora é tarde demais. Com 19 pontos atrás do líder, realmente é improvável subir. Pode contratar até o Messi, que o caminho é triste. Se ficar na B, estará no lucro. Não sei se o torcedor vai aceitar isso. O empate com o Náutico, no Recife, era previsível. Um time sem corpo, alma e qualidade não chega a lugar algum. Felipão é técnico, não é mágico. Por isso mesmo, o discurso da diretoria já é de reconstruir tudo, a partir da próxima temporada, admitindo ficar na B.




 
Era o segundo jogo sob o comando de Felipão. O Cruzeiro, ainda na zona de rebaixamento, tentava melhorar sua posição. O Náutico, dono da casa, ditava o ritmo do jogo. Ofensivo, espremendo o Cruzeiro no seu próprio campo, mas sem muita objetividade. O time azul jogava no contra-ataque. Arthur Caíke deu a primeira esperança em chute forte bem defendido por Jefferson. O Cruzeiro era mais bem organizado. Não me parecia aquele bando em campo, como com os outros técnicos. E parece ter acordado e percebido que está na Série B, onde muitas das vezes a garra, a raça e a vontade determinam uma vitória.
 
 
 
 
 
É difícil ver alguém dar espetáculo na Segundona, mas há equipes organizadas, que sabem jogar melhor. Porém, o momento do Cruzeiro é esse. O time é fraco e ruim. Porém, aos 20 minutos, em chute forte, de fora da área, Vinícius fez 1 a 0. Tinha muita gente na frente de Fábio e a bola entrou no cantinho. O Cruzeiro teve a chance de empatar com Ramon. Cabeceou forte, mas a bola foi para fora. Ele estava de frente para o gol. Com o gol, o time pernambucano abria 5 pontos em relação ao Cruzeiro e saía da zona de rebaixamento.
 
Kieza foi lançado. Entrou na área e chutou. Fábio salvou e no rebote, Ramon aliviou o perigo. O Cruzeiro perdeu Arthur Caíke ainda no primeiro tempo. Airton entrou na vaga dele. Uma contusão muscular tirou o jogador azul. O problema do Cruzeiro é que os jogadores não cruzam, se livram da bola. Dessa forma, ela não chega aos atacantes com qualidade. Gente, o futebol do Cruzeiro é pobre e sem imaginação. Time medíocre! Jean Carlos bateu falta com perfeição. Fábio voou e pegou lá em cima. A bola ia entrar no ângulo. Grande defesa. O resultado no primeiro tempo premiou o Náutico, que procurou o gol mais que o Cruzeiro, embora sem muita intensidade. Joguinho ruim!
 
No segundo tempo, nada mudou. O mesmo panorama. Felipão tentou com Sassá. Sejamos sinceros: Sassá é jogador para ajudar o Cruzeiro na tentativa de subir? O desespero levou o clube a isso. E não fosse Cacá e o Cruzeiro teria tomado o segundo gol.  Uma bobeira de Ramon deixou o atacante do Náutico cara a cara com Fábio. Ele tocou na saída do goleiro, que toca nela e diminui e velocidade da bola. Antes de ela entrar, Cacá salvou, quase em cima da linha.




 
O Cruzeiro não chegava. Sua única jogada eram os cruzamentos para a área, sem encontrar ninguém. Não há tabelas, jogadas trabalhadas, não há nada. A melhor chance aconteceu com Moreno, que matou no peito e chutou, rente a trave. No finzinho, porém, cruzamento de Patric para Airton cabecear e empatar: 1 a 1. Menos mal, pois em 6 pontos disputados com Felipão, faturou 4. Uma boa média, caso o time estivesse numa colocação melhor. Mas, continua no Z-4 e bem perto da C. Felipão terá cinco dias para treinar o time para o jogo com o Paraná, sexta-feira, em BH. É preciso contratar e também que os jogadores entendam o que é a Série B.


audima