Jornal Estado de Minas

COLUNA DE JAECI CARVALHO

O raciscmo é crime hediondo. Deveria ser punido com prisão perpétua!

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Eu estava dentro do avião na noite de terça-feira, e não pude assistir nem ao jogo do América, nem do Cruzeiro. Porém, tive tempo de assistir as tristes cenas que interromperam o jogo entre PSG e Istambul, quando o quarto árbitro foi acusado pelo atleta Demba Ba, de ter chamado seu companheiro de “negro”. Se os homens, escalados para arbitrar o jogo, usam termos racistas, é sinal de que está tudo errado no futebol e na sociedade em geral. O futebol só é um mundo à parte, quando se trata dos salários irreais que os clubes brasileiros pagam. Fora isso, está inserido na sociedade, e, como tal não foge as tristes mensagens de cunho racista ou homofóbico.




Já vimos, principalmente, no Leste Europeu, torcedores atirando bananas em campo. Lembro de um jogo em que o lateral-direito, Daniel Alves, pegou a banana e comeu, em repúdio ao nojento torcedor que atirou a fruta. Uma vergonha. Já vimos vários casos. Lembram-se do Tinga, no Cruzeiro, pela Libertadores? Foi atacado cruelmente. Grafite, jogando pelo São Paulo, também deu queixas sobre o zagueiro Desabato e esse foi preso, e liberado, na manhã seguinte. Enfim, são tantos casos tristes e covardes, que dá vontade de vomitar.

Estamos em pleno Século 21. Como muito bem disse meu irmão, Galvão Bueno, num “Bem Amigos”, ano passado. Brasil e Estados Unidos têm uma dívida muito grande com os negros, por tudo de mal que fizeram no período da escravatura. O mundo tem sido cruel! Julgar alguém pela cor da pele é realmente um ato desumano, covarde, nojento. Somos todos iguais perante Deus e a lei. Nosso caráter é quem nos define, não a cor da pele, ou o sexo que escolhemos. 

Vivemos um mundo odioso, onde pensar diferente do outro pode significar até uma sentença de morte. Usar uma camisa de um clube diferente gera brigas, combates, mortes. Se uma pessoa escolhe a outra, do mesmo sexo, é atacada nas ruas, nas redes sociais, numa intolerância, num ódio sem fim. Chega! Basta!

O jogo de terça-feira, quando os jogadores saíram de campo, após o ato racista do quarto árbitro, pode ser um marco para acabarmos, definitivamente com o futebol. Frases como Say no to Racism (Diga Não ao Racismo), multas e outras coisas já não têm surtido efeito. 





No caso do quarto árbitro, ele deve ser banido do futebol, e, se possível, preso. A Uefa é muito branda em suas punições. Sei que ela não tem poder de polícia, mas o de banir esse mau-caráter, esse covarde, racista, isso ela pode fazer. Acredito que daqui pra frente, qualquer ato racista, no campo de jogo ou nas arquibancadas, irá provocar a mesma reação dos jogadores em campo. Somente assim, poderemos acabar com o racismo no futebol, e, quem sabe, na sociedade em geral. A gente fica triste e enojado. 

Confesso que mesmo se eu estivesse em casa, e não viajando, não teria prazer em ver os jogos da noite. Quando a gente vê um cidadão, seja ele famoso ou não, ser agredido pela cor da sua pele, é de uma tristeza, de uma covardia sem tamanho. As redes sociais, onde os covardes se escondem atrás de perfis falsos, são um horror. Um mundo de ódio, onde quem gosta do A não pode gostar do B. E assim vamos caminhando para o fim do mundo, acredito eu. É muita maldade, muita covardia, muita intolerância. 

Que o jogo entre PSG e Istambul, que foi disputado hoje, com um quarteto de árbitros diferente, sirva de exemplo para o mundo inteiro e para todas as camadas sociais. Fosse eu um juiz, e determinaria prisão perpétua para os racistas. E, vale lembrar que o racismo não é só do branco com o negro. Ele existe em todos os aspectos, em todas as situações. Daqui pra frente, é bom os racistas mudarem seus conceitos. Se não forem punidos pela lei dos homens, serão, com certeza, pela lei de Deus. E essa não falha jamais!

audima