O Cruzeiro empatou com o Cuiabá em 0 a 0 e praticamente selou sua sorte em permanecer na Segunda Divisão no ano do seu centenário. Eu avisei em janeiro que com esse time não subiria. O resultado está aí. 41 pontos, faltando 6 rodadas para o fim do campeonato. Só a vitória interessava ao Cruzeiro, para ainda sonhar com o milagre da volta à elite do nosso futebol. É muito triste ver o Cruzeiro numa situação tão delicada. Perdido, sem rumo, com dívidas impagáveis, e sabedor que no centenário permanecerá na Segundona.
Uma vergonha, já que o único grande a cair e não subir no ano seguinte, foi o Fluminense em 1996. Felipão pôs Giovanni pela primeira vez como titular. O Cuiabá chegou a liderar a competição com o técnico Chamusca. Mas, depois que ele foi para o Fortaleza, o time caiu muito. Retranca era a palavra de ordem e só o Cruzeiro jogava. Tocava de um lado para o outro, procurando um espaço na forte defesa do adversário.
O problema do Cruzeiro era o mesmo dos outros jogos: os laterais se livravam da bola e não cruzavam em direção a um companheiro. O Cuiabá marcava na sua intermediária.
Aos 22, o Cruzeiro teve uma grande chance com uma falta na entrada da área, pela direita. Quase penalidade. Sobis rolou para o Pottker, mas ele chutou longe, desperdiçando uma boa chance. Não adianta ter posse de bola e não chutar em gol. Esse era o pecado do time mineiro. Os chutes de fora da área eram uma opção, mas precisavam encontrar a direção do gol.
O Cuiabá veio a BH para empatar. Arthur Caíke conseguiu um bom chute que o goleiro João Carlos espalmou. Mas a melhor chance foi de Pierini, num contra-ataque, livre, com o gol aberto. Ele chutou e Manoel salvou o gol. Sobis chuta forte na área. João Carlos segura firme. Caíke recebeu livre, ajeitou e soltou a bomba. A bola explodiu na zaga e foi àa escanteio. As limitações do time cruzeirense são gritantes. O 0 a 0 no primeiro tempo, fez justiça ao que aconteceu nos primeiros 45 minutos.
O time azul deve ter tomado uma bronca no vestiário, se bem que Felipão conhece as limitações de sua equipe. O caminho para a vitória seria pelas extremas, pois o Cuiabá se fechava como “boca de bode” na entrada de sua área, que estava bem congestionada. A defesa do Cuiabá se complicou e quase Caíke marca. João Carlos fez grande defesa. O Cruzeiro jogava muito pela direita. Cáceres tocou na pequena área e ninguém chegou.
A bola passou na frente do gol do Cuiabá. Aos 20 minutos Thiago entrou na vaga de Sobis. Pottker furou de forma bisonha na área, refletindo o péssimo momento do Cruzeiro.
Felipão fez Airton entrar na vaga de Arthur Caíke. E ele já entrou chutando pela esquerda. Felipão optou por Régis, sua última alternativa. Cáceres cruzou. Airton chutou rasteiro, mas João Carlos estava atento.
Felipão fez Airton entrar na vaga de Arthur Caíke. E ele já entrou chutando pela esquerda. Felipão optou por Régis, sua última alternativa. Cáceres cruzou. Airton chutou rasteiro, mas João Carlos estava atento.
É uma pena ver um time da grandeza do Cruzeiro, com tantos títulos, viver um momento tão triste de sua história. Eu avisei, desde o primeiro dia do ano, que o Cruzeiro não subiria com o time que tinha. E olha que reforços foram contratados. Entretanto, jogadores sem qualidade. Não podemos dizer que não houve comprometimento. Isso teve sim. Faltou futebol.
As perguntas que o torcedor faz são as seguintes: quem vai pagar a conta de o Cruzeiro ficar 2 anos na Segundona? Os responsáveis serão punidos? A atual diretoria e o técnico Felipão tentaram o máximo. Não foi possível. Pegaram um clube desestruturado, numa situação financeira pré-falimentar.
Só vejo uma solução: o clube virar empresa o mais rapidamente possível, tão logo a lei seja aprovada. Não há outro caminho. E, vale lembrar que a Série B, ano que vem, poderá ter Vasco, Botafogo e Cruzeiro. Uma pedreira!
As perguntas que o torcedor faz são as seguintes: quem vai pagar a conta de o Cruzeiro ficar 2 anos na Segundona? Os responsáveis serão punidos? A atual diretoria e o técnico Felipão tentaram o máximo. Não foi possível. Pegaram um clube desestruturado, numa situação financeira pré-falimentar.
Só vejo uma solução: o clube virar empresa o mais rapidamente possível, tão logo a lei seja aprovada. Não há outro caminho. E, vale lembrar que a Série B, ano que vem, poderá ter Vasco, Botafogo e Cruzeiro. Uma pedreira!