Jornal Estado de Minas

JAECI CARVALHO

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Neste meio de semana teremos três confrontos importantes, mas não decisivos. São Paulo e Internacional, Grêmio e Atlético, nessa quarta, e Flamengo e Palmeiras, na quinta. Por que não são decisivos? Porque acredito que somente na última rodada o campeonato será decidido, haja vista a mediocridade das equipes e a perda de pontos para times que não sonham com a taça.





Numa competição longa e de pontos corridos, você pode perder clássicos, mas não pode perder para times pequenos ou intermediários. São esses pontos que farão a diferença na hora de levantar o troféu. O São Paulo vencer ou perder para o Inter é absolutamente normal. O Galo ganhar ou perder para o Grêmio também. O Flamengo ser derrotado pelo Palmeiras, também não será nada anormal. O que não pode acontecer é o Flamengo tomar de 3 a 0 do Atlético-GO, o Galo perder de 3 a 1 para o Bahia, e por aí afora.

Claro que é preciso ganhar clássicos também, mas os pontos perdidos para times médios e intermediários são irrecuperáveis. Não importa que resultados teremos nessa quarta e quinta. Um time pode vencer e aumentar a distância para o outro, mas isso não determinará o campeão ainda.

Entraremos na fase do 'se'. Se o Galo não tivesse perdido para Bahia, Fortaleza e outras equipes desse nível, poderia estar disparado com a mão na taça. Quando chegarmos na última rodada, os torcedores vão perceber que aqueles pontinhos perdidos, alguns por teimosia de Sampaoli, farão muita falta. Para um time que não vê a cor do caneco há 49 anos, vai pesar e muito.





O mesmo para o Internacional, que não pega na taça desde 1979. O Grêmio não a vê desde 1996. O São Paulo, desde 2008. Palmeiras a viu em 2017, e o Flamengo, em 2019, é o atual campeão. Até dia 24 de fevereiro, o time rubro-negro ainda é o dono do Brasil. Talvez mantenha essa hegemonia, conquistando o octacampeonato brasileiro, mas, sinceramente, como flamenguista que sou, não acredito.

O time vence, mas não convence. Jogos sofríveis, jogadores fora de forma até hoje. Escalações confusas. Quero ver o Galo campeão. Mas se não for possível, que seja o Internacional. São as duas equipes que mais precisam da taça. Não sei se a merecem, mas precisam dar uma satisfação ao torcedor.

O grande problema do Atlético é seu treinador que, curiosamente, não é ruim, mas que inventa demais. Escolheu, a dedo, as contratações, e o Galo gastou quase R$ 200 milhões, com jogadores medianos. Além disso, inventou a cada escalação e isso custou pontos importantes ao alvinegro. Depois da boa e necessária vitória sobre o Atlético-GO, o que poderemos esperar do Galo, nesta quarta, em Porto Alegre?

É uma incógnita! O time pode ter uma grande exibição, como pode naufragar. Vai depender muito do que Sampaoli (foto) pensa. Esse Guga, por exemplo, é um jogador a menos, mas o técnico insiste com ele. Um lateral que não sabe cruzar, pouco vai à linha de fundo, e só toca a bola para trás. Mesmo com todos os problemas, o Galo ainda briga pela taça, justamente por ser a competição muito fraca, tecnicamente.





Não há uma equipe referência, e qualquer coisa pode acontecer até a trigésima-oitava rodada. Tem um cronista de São Paulo que muda de opinião a cada rodada. Ele disse que o Galo 'já era ao campeão, ainda no turno'. Depois falou que seria o Flamengo. Passou pelo Grêmio, apontou o São Paulo, e já fala no Internacional. Isso é brincadeira. Por isso, jamais disse aqui quem seria o campeão. Não dá para cravar, pois os jogos são sofríveis e as equipes alternam bons e maus momentos.

Uma coisa é certa: teremos emoção, ainda que pobres, até a última rodada. Dizem que a sequência de jogos do Galo é a mais 'fácil', daqui até o final. Mas de que adianta supormos isso, se foi justamente para equipes pequenas que o Atlético perdeu pontos irrecuperáveis? Podemos reclamar do nível técnico dos concorrentes, mas não podemos dizer que não há emoção. Há sim. A cada rodada há uma surpresa. Como diria um personagem de uma novela: 'Cada mergulho é um flash'.

O Grêmio está na final da Copa do Brasil, mas entrou na briga pela taça do Brasileiro. Renato, o técnico mais longevo da atualidade, - há quase 5 anos no comando do time gaúcho- vai por em campo o que há de melhor. Como a decisão do torneio será em fevereiro ou março, há tempo de sobra para ele preparar a equipe, e não precisar poupar ninguém.

Vale lembrar que o Palmeiras, finalista da Copa do Brasil e da Libertadores, também entrou na briga pelo Brasileirão. Com um jogo a menos que o São Paulo, está colado no Flamengo e no Galo. Será que o Porco vai fazer barba, cabelo e bigode? Não duvido de mais nada, assim como não ficaria surpreso se ele perder as três competições. A coisa mais 'regular' do futebol brasileiro, é a irregularidade das equipes. Portanto, nada mais me surpreende!




audima