O Palmeiras é bicampeão da Copa Libertadores. Derrotou o Santos por 1 a 0, gol de Breno Lopes, no tempo extra, numa das piores decisões da história da competição. Os dois times pouco ousaram. Jogaram se defendendo, com futebol pobre, sem inspiração. Foi um jogo marcado por muitas faltas, quase nenhum chute a gol e muita retranca. Por isso o futebol brasileiro está na lama, mas, é claro que a geração nutella não quer saber disso. Quer comemorar o título, mesmo com futebol de dar dó.
O futebol brasileiro é isso: mediocridade, porrada, faltas e nenhuma qualidade. Há quem goste dos olhos e há quem goste da remela. Parabéns ao Palmeiras, no meio de tanta mediocridade, achou uma bola e faturou a taça.
O palco da decisão era o maior estádio do mundo, o Maracanã. O público está proibido de frequentar os estádios, por causa da pandemia do coronavírus, mas havia vários convidados de Palmeiras e Santos.
De um lado o técnico Cuca, que já tem uma Libertadores. Do outro, o português Abel Ferreira, em busca de sua primeira conquista. O calor era um dos obstáculos para os dois times. O verão carioca está castigando, com temperaturas acima de 40 graus.
O Santos começou melhor. O Palmeiras estava muito recuado, com medo de errar. O péssimo jogo contra o River, na semifinal, deixou os jogadores, emocionalmente, abalados. Já o time peixeiro vinha com moral, pois fez dois belos jogos contra o Boca, na semifinal.
O Palmeiras chegou com perigo. Roni entrou na área, pela esquerda, e tocou para Luiz Adriano. A zaga do Santos aliviou. O jogo estava tenso. Os jogadores se agredindo e chegando muito forte nas jogadas. O Palmeiras começou a dar calor com três escanteios seguidos. Soteldo foi ao fundo e cruzou. A zaga do Palmeiras pôs a escanteio.
As duas equipes estavam com medo de errar e o jogo era pobre. Aliás, essa é a diferença do nosso futebol para o Europeu. Nas decisões por lá, os goleiros trabalham. No Brasil, o jogo é disputado de uma intermediária à outra.
O Palmeiras teve grande chance com Rafael Veiga, que, dentro da área, chutou cruzado, para fora. Aos 36 minutos foi a melhor chance de gol. Que jogo horroroso! Entendo que é decisão, mas é preciso mais futebol. E assim terminou o primeiro tempo.
Difícil é assistir a um jogo e perceber que Carlos Eugênio Símon, que tanto errou quando era árbitro, comenta arbitragem na tv. Isso é uma vergonha! Como é vergonhoso assistir a uma decisão tão ruim. Confesso que esperava mais.
O segundo tempo começou do mesmo jeito que o primeiro terminou, sem a menor emoção. Marinho sofreu falta na intermediária. Dava para ele prosseguir na jogada, mas, como jogador brasileiro, preferiu cair e encenar. É assim que o futebol brasileiro se apresenta! Rafael Veiga bateu falta da entrada da área. A bola tocou na rede, pelo lado de fora. O Palmeiras tinha mais ímpeto, mas faltava mais consistência. A quantidade de faltas era absurda! Gente, quando eu critico o futebol brasileiro, alguns ficam chateados. Vocês acham que isso é uma final de verdade? Cuca resolveu fazer a primeira alteração. Pôs Lucas Braga na vaga de Sandry. Gente, não sei se vocês viram, mas eu vi. Um torcedor, todo tatuado, sem camisa. Será que é de alguma facção organizada? Se for, isso é uma vergonha! Não pode ter torcedores no estádio! Essa de liberar para convidados foi uma forma de mentir para a sociedade. Se não pode para um, não pode para ninguém! São esses “jeitinhos” que criam, são vergonhosos!
O Santos quase marcou em chute forte de fora da área. Weverton salvou. Foi a primeira grande defesa de um goleiro, depois de 77 minutos de jogo. Soteldo fez grande jogada pela esquerda e cruzou. Weverton defendeu.
Breno Lopes entrou na vaga de Gabriel Menino. A partida era uma das piores da decisão de uma Libertadores! Os dois times estavam, visivelmente, preocupados em levar a decisão para a prorrogação e pênaltis. Um jogo medíocre desses merecia mesmo terminar em cobranças de penalidades. E para completar a mediocridade, a bola saiu pela lateral, Marcos Rocha foi pegar a bola, e Cuca impediu. Levou cartão vermelho e foi expulso. O Palmeiras ficou sem o seu treinador. Que coisa horrorosa. Técnicos despreparados, amadores. Eu nunca vi isso na Europa!
No finalzinho, já no tempo extra, lançamento de Roni, Breno Lopes, que entrara no segundo tempo, subiu, cabeceou e marcou, Palmeiras 1 a 0. Era o fim do sonho do tetra do time da Vila, e o começo da comemoração do Palmeiras pelo bicampeonato da Libertadores.
Não havia tempo para mais nada. Numa das piores decisões da história, o Palmeiras conseguiu fazer um gol e faturou a taça. O Palmeiras será o representante brasileiro no Mundial de Clubes, no Catar.