O Cruzeiro vive tempos sombrios e terríveis, atolado em uma dívida de R$ 1 bilhão, com um time fraquíssimo para tentar a volta à elite do futebol brasileiro. A exemplo do ano passado, tem dificuldades para vencer adversários de terceira linha do futebol brasileiro, como os pequenos que disputam o Campeonato Mineiro.
“Não adianta tapar o sol com a peneira”. Não vai subir se não montar uma equipe competitiva, com jogadores de Série A. Os dirigentes deveriam usar a marca Cruzeiro, que é fortíssima e uma das mais vencedoras do nosso futebol, e pedir ajuda ao Flamengo, Palmeiras, São Paulo, equipes que poderiam emprestar jogadores de nível A, para a disputa da B.
“Não adianta tapar o sol com a peneira”. Não vai subir se não montar uma equipe competitiva, com jogadores de Série A. Os dirigentes deveriam usar a marca Cruzeiro, que é fortíssima e uma das mais vencedoras do nosso futebol, e pedir ajuda ao Flamengo, Palmeiras, São Paulo, equipes que poderiam emprestar jogadores de nível A, para a disputa da B.
Qualquer reserva do Flamengo pode ser titular em qualquer clube do Brasil. Por que não usar do bom relacionamento com o clube carioca, e pedir o empréstimo de alguns jogadores? Dirão os dirigentes que vão esbarrar na questão salarial. Não tem jeito: é preciso arrumar dinheiro e pagar salários de mercado. Os grandes que caíram e subiram no ano seguinte, mantiveram o padrão de equipes de Série A. Os que não fizeram isso, justamente Cruzeiro e Fluminense, não subiram no ano seguinte. E o Flu ainda caiu para a Série C.
Quando o presidente, Sérgio Santos Rodrigues, assumiu, sabia o que estava encontrando. Não foi iludido, nem enganado. Prometeu que os usurpadores dos cofres azuis iriam devolver centavo por centavo do que foi roubado, mas, até agora, nem foram presos, nem devolveram o suposto produto do roubo.
Imagino a dificuldade do novo presidente em gerir um clube quebrado e falido, do ponto de vista financeiro. Porém, como eu disse acima, a marca, a instituição Cruzeiro, são muito fortes. Não podem sucumbir. Não adianta também ficar dependendo de dinheiro de Mecenas. Esse é um paliativo que tem consequências graves lá na frente. Uma gestão correta e vencedora, é aquela em que o clube é autossuficiente, gerando receitas maiores que as despesas.
Preocupa-me o grave momento do Cruzeiro, pois é um gigante do futebol brasileiro, respeitado na América Latina e no mundo. Entendo todos os problemas, ora vividos pelo clube, mas ele precisa reagir. Vale lembrar que jogadores símbolos, como Fábio e Marcelo Moreno, que dão a vida pelo clube, terão que receber a diferença salarial imposta na nova gestão. Eles aceitaram ganhar o teto de R$ 150 mil mensais, mas o restante corre todo mês, e terá de ser pago. Aliás, as informações que tenho dão conta de que alguns jogadores não recebem salários há 3 meses. Como fazer um grande time dessa maneira?
Não iludo torcedor e não acredito nesse time que aí está. Mesmo com o trabalho apenas começando, a gente percebe a dificuldade que o time tem. Sei que há times de Série B com jogadores de Série B. Mas, são times acostumados a subir num ano e descer no outro. O Cruzeiro, não! Caiu nessa lama, jogado por gente irresponsável e segundo a Justiça, gente criminosa. É preciso urgência na punição dos envolvidos e, principalmente, na devolução do suposto dinheiro roubado.
Gostaria muito de estar otimista e escrever sobre uma volta líquida e certa ao grupo de elite. Porém, pelo grupo de jogadores, pelas contratações e pelo que vejo no fraquíssimo e combalido Campeonato Mineiro, o Cruzeiro terá muitas dificuldades na Série B. A não ser que algo extraordinário aconteça, que nós não estamos conseguindo enxergar. Não acho cedo para cobranças, pois elas acontecem desde o ano passado, quando percebi que o time não subiria. Será que o torcedor azul, acostumados a taças e títulos, vai aceitar ver seu clube mais um ano na Segundona? E um ano especial esse, o do Centenário. Nem o mais pessimista dos torcedores, imaginaria tal desfecho para esse gigante do futebol!
Geraldinho
O roupeiro, Geraldinho, que trabalhou 40 anos no Cruzeiro, foi demitido, segundo informações, pela readequação do clube aos novos e sombrios tempos. Uma pena essa política equivocada. Geraldinho é patrimônio do clube, um cara fora de série, sempre com um sorriso no rosto e disposto a ajudar. Realmente esse Cruzeiro que aí está é irreconhecível, dentro e fora de campo.