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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Rescindir com Hulk é a melhor alternativa

'O cara é escalado em todos os jogos, ou como titular, ou entrando no decorrer das partidas, e até aqui não justificou o salário mensal de R$ 1,3 milhão'


25/04/2021 13:04 - atualizado 25/04/2021 14:13

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )
 

Hulk reclamou que Cuca não lhe dá uma sequência de jogos, para entrar no ritmo dos jogos e em forma. Balela! O cara é escalado em todos os jogos, ou como titular, ou entrando no decorrer das partidas, e até aqui não justificou o salário mensal de R$ 1,3 milhão.



O tempo em que ficou na China pesou e muito no seu trabalho. Lá, ficou milionário, comprou o “aerohulk”, seu avião particular, no qual desembarcou na Pampulha, quando se apresentou ao Galo. O problema é que nos país oriental não se treina e se joga em competitividade. Lá, ganhar ou perder, tanto faz. Não há cobrança e o cara acaba relaxando mesmo.

Como a maioria dos jogadores que atuou fora, Hulk voltou ao Brasil para ganhar um “troco” a mais e manter sua vida de luxo. Tudo isso, conquistado com seu trabalho e suor. Saiu da Paraíba, bem novo, e foi viver na Europa, onde jogou por muitos anos. Não é fácil para um jovem atuar no Leste Europeu. A língua, os costumes, o frio intenso. Mas ele foi vencedor. Se virou e conseguiu fama e muito dinheiro. Na Seleção Brasileira foi um fiasco. Não fez nenhum gol em jogos oficiais, e olha que disputou Copa do Mundo, Copa das Confederações e Olimpíada de 2012. Participou do vexame dos 7 a 1, maior mancha na gloriosa história da Seleção Canarinho.

Contratado a peso de ouro pelo Atlético, com um salário exorbitante, Hulk não disse ao que veio até aqui. Jogadas pífias, falta de velocidade, de dribles, de tabelas. Pela direita, esquerda ou mesmo de centroavante, tem sido uma decepção.

Quando um jogador que vive da explosão a perde, a coisa complica de verdade. Não é culpa dele. A idade chega para todos nós. Como não disputava jogos em nível competitivo, acomodou-se e o resultado é esse. Já vi esse filme antes com alguns atletas que voltaram do exterior.

Se eu fosse o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, o chamava para uma conversa com seu jurídico, para achar uma maneira de rescindir o contrato, sem prejuízo para o Atlético. Acho que Hulk vai entender que não deu e não dará certo. Confesso que fiquei decepcionado, pois esperava mais. O erro foi meu, pois na minha cabeça havia aquele Hulk da época do Porto, de Portugal, aquele artilheiro que balançava as redes em quase todos os jogos.

É um erro que todos cometemos, pois sempre imaginamos o jogador em sua plenitude, e isso dificilmente acontece. Não é culpa de Hulk, desinteresse ou coisa parecida. É a idade, o desgaste do tempo, aquilo que acontece com todos nós.

Culpar o treinador é sempre a melhor defesa dos atletas. Porém, Hulk não pode ser injusto com Cuca. Tem tido oportunidades em cima de oportunidades. Não está sabendo aproveita-las. Pela experiência que tenho ao longo dos 40 anos, trabalhando com futebol, acho que ele não vai engrenar. O melhor mesmo é uma conversa amistosa, para definir uma rescisão amigável, que não suje sua imagem, nem prejudique o Atlético. Foi só mais uma contratação equivocada, diante de tantos gastos com jogadores inexpressivos.

Como Hulk só custa o salário, a diretoria resolveu investir. Porém, um salário absurdamente alto para os padrões dos clubes brasileiros, e para a economia de um país quebrado. Os clubes precisam repensar salários de técnicos e jogadores, sob o risco de falirem. Não dá mais para viverem nesse mundo da fantasia. Clube-empresa já. Responsabilidade fiscal para os dirigentes, urgentemente!

Vencer ou morrer 


Mesmo sendo apenas a segunda rodada da Libertadores, o Galo tem a obrigação de vencer o América de Cáli, nesta terça-feira, no Mineirão. O empate diante do Deportivo La Guaira, na Venezuela, foi catastrófico, e obriga o time mineiro a vencer seus dois compromissos em casa, o de terça e o da outra semana, contra o Cerro Portenho, para ficar mais tranquilo e não correr riscos de ser eliminado na primeira fase. Seria uma vergonha para quem gastou R$ 300 milhões em contratações, com dinheiro emprestado. Vale lembrar que até para pagar salários, o Atlético tem recorrido aos mecenas que ajudam o clube.

Essa não é a melhor forma de gestão. Outra coisa: se estádio fosse certeza de taças, vários clubes do Brasil seriam campeões todos os anos. E o que dizer dos clubes europeus? Todos têm seus estádios e suas receitas. O que faz um clube ser campeão é a montagem de um time forte, com jogadores qualificados. Quantidade nunca foi qualidade. Se o Galo não vencer o América de Cáli, pode morrer na Lagoa da Pampulha, num grupo considerado fraco, onde é o grande favorito.

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