Jornal Estado de Minas

coluna do jaeci

Basta criticar atletas ou clubes para virar alvo do ódio nas redes

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O futebol sempre foi prazer, lazer, emoção e diversão. Isso nos tempos passados, pois, atualmente, serve como arma para bandidos e revoltados – pela péssima vida que levam – para atacar pessoas, dirigentes, jogadores, técnicos. Há pouco tempo, atleticanos fizeram uma campanha criminosa contra o técnico Cuca por um problema no seu passado, ligado a uma condenação coletiva por abuso sexual de menor na Suíça em 1989, cuja inocência ele ainda sustenta. Os mesmos torcedores que criticavam o atacante Hulk nas redes sociais hoje o idolatram porque ele fez dois gols no Campeonato Mineiro e quatro na Libertadores contra equipes de qualidade duvidosa.



Depois de vários jogos sem vê-lo marcar, sugeri a rescisão do contrato dele com o Galo. Culminou com os dois jogos em que ele fez gols. Aí, entrou em ação a legião de imbecis das redes sociais para me recriminar. Chegou ao ponto de um bandido vazar meu telefone nas redes sociais e a criarem grupos para me atacar. Gente odiosa, fracassada, mal resolvida. Ou, simplesmente, bandidos mesmo. Já encaminhei a um delegado, amigo meu, o nome do criador do grupo. Com certeza, ele terá problemas por ter vazado meu telefone.

Graças a Deus, nos meus 40 anos de jornalismo, premiado que sou com o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo e Imprensa Embratel com a reportagem “Meninos do Brasil”, sempre primei pela ética, qualidade e responsabilidade. Falo o que vejo e penso. Analiso de forma racional, pois estudei e estudo até hoje para me atualizar e deixar bem informados os meus leitores, ouvintes, no caso da rádio Tupi, e telespectadores que são realmente do bem.

Quando a gente vê que o programa “lixo” chamado Big Brother teve 660 milhões de ligações para eleger o vencedor, a gente percebe que o Brasil não tem jeito mesmo. Queria esse mesmo número de ligações para exigir o fim do foro privilegiado para políticos corruptos e bandidos. Para acabar com a fome e a miséria no país. Queria ver essa votação para a melhoria dos salários de médicos, enfermeiros, policiais, professores, entre outros. Queria ver o povo brasileiro lutar pelos seus direitos de forma ordeira.



Porém, a gente nunca verá isso. O brasileiro se conforma em ser gado. Vota num político porque ele promete asfaltar sua rua. O povo brasileiro é analfabeto em sua maioria. Culpa dos governos que jamais investiram na educação.

O futebol é apenas reflexo de um país desmoralizado, com mais de 400 mil mortos pela COVID-19. Ele só é um mundo à parte na questão salarial dos atletas. Hulk, por exemplo, ganha R$ 1,3 milhão mensais, livre de impostos. Se o torcedor, que está passando fome, acha isso justo, tem mesmo é de sofrer e ficar na miséria. Num país de economia quebrada, de quinto mundo, se pagam salários irreais. Se o torcedor gosta de dirigentes corruptos, que fazem conchavos com empresários, merece mesmo passar por tudo isso.

Por isso, a cada dia, gente do bem está largando o país e buscando alternativas. É preciso pensar nos filhos, que não têm o menor futuro no país da mentira, corrupção e falcatrua. Como eu disse outro dia, é o único país do mundo onde “o poste mija no cachorro”. Está tudo errado. Se os imbecis das redes sociais acham que vão me abalar com mensagens odiosas, estão muito enganados. Minha vida vai continuar abençoada, pois sou religioso demais, e o curso dela vai continuar naturalmente.



Continuo crescendo profissionalmente, e cada dia mais preocupado com o outro, com o próximo, grudado em minha família e nos poucos e verdadeiros amigos que tenho. Com esses sim eu me preocupo. Quanto aos frustrados, revoltados, que se escondem atrás de um teclado, como disse muito bem a frase que copiei do meu amigo @luicycle: “Pensei até em revidar, mas olhei a vida que você leva e deixei pra lá”. É isso aí. Meu respeito a quem usa as redes sociais para fazer o bem e pelo bem. Aos odiosos, analfabetos, imbecis, o meu eterno desprezo. “E vivas ao pão e ao circo”. É disso que o povo gosta!

audima