Jornal Estado de Minas

JAECI CARVALHO

Obrigado doutora Sarah e demais cientistas

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Wimbledon, 28 de junho de 2021, um dos Grand Slams mais famosos do mundo no circuito de tênis. Não sei quem estava em quadra, mas sei quem foi homenageada, com justiça e amor. Doutora Sarah Gilbert, cientista, que desenvolveu a vacina AstraZeneca, salvando boa parte da humanidade do cruel e letal coronavírus.



Quando o locutor oficial da arena anunciou a presença dela, os torcedores se levantaram a aplaudiram de forma incessante. Que bom que o torcedor inglês entendeu a mensagem e tudo o que ela e seus colegas fazem pela humanidade. São anônimos, não querem confetes, mas merecem toda a nossa atenção, respeito e carinho. Tenho a certeza que para a Doutora Sarah, os aplausos valem mais do que qualquer dinheiro do mundo!

Um belíssimo exemplo que deveria ser seguido por todos nós. Ao invés da idolatria a MCs, funkeiros e outros “derivados”, com letras de apologia ao crime, deveríamos idolatrar os que estão na linha de frente no combate a pandemia do coronavírus.

Por que aplaudir jogadores e esquecer dos cientistas, que ficam debruçados em infindáveis dias e noites, em busca da cura para doenças? E não é só no Brasil que isso acontece. Infelizmente, em todos os países do mundo, os valores estão invertidos em determinadas situações. Os rappers são ultra valorizados, jogadores de basquete, futebol, enfim. Gente sem estudo, sem qualificação, alguns envolvidos em escândalos.

Imaginem um Maracanã lotado e médicos, enfermeiros, garis, atendentes, assistindo a um jogo de futebol, e os torcedores os ovacionando! Acho que é utopia da minha parte.

O tênis, tão badalado em Wimbledon, ficou em último plano, diante da presença da cientista Sarah. Naquele momento, não só quem estava naquela arena, mas, todos nós, do mundo, aplaudimos a cientista. Já passou da hora de voltarmos a valorizar médicos, professores, policiais, cientistas, gente que educa, que salva vidas, que busca curas.



Nunca neguei minha paixão pelo futebol. Estou me deliciando com os jogos da fantástica Eurocopa. Porém, ando meio decepcionado com o que vejo. Gabigol, num cassino clandestino, em plena pandemia, foi conduzido à delegacia. Para evitar um processo, pagou algo em torno de R$ 120 mil. O Flamengo não o multou, não o puniu, não se manifestou. Disse que era coisa particular. Ora, senhoras e senhores, o cara representa um clube e tem deveres a cumprir. Ele desrespeitou as vidas, a sociedade em geral.

No Brasil é assim. Os dirigentes, que deveriam ser patrões, tornam-se reféns dos jogadores considerados ídolos. Na Alemanha, Oliver Khann, goleiro campeoníssimo do Bayern de Munique, estava contundido. Foi para uma boate. No dia seguinte, o clube soltou um comunicado oficial, multando-o em 20 mil euros. Onde existe profissionalismo, funciona assim.

Fico muito feliz em saber que lá em Wimbledon havia pessoas sensíveis a vida, reconhecidas e agradecidas a doutora Sarah e aos seus colegas. Tomei as duas doses da Pfizer há três meses, aqui nos Estados Unidos. Fui a Universal Studio, com minha família, aglomerei com milhares de pessoas por lá, e fiquei feliz em saber que a vacina protege, imuniza, e nos deixa voltar à vida normal.



Agradeço a todos os cientistas, que ficaram sem dormir, sem comer, sem ir ao banheiro, para encontrar a vacina para curar a humanidade. Não importa qual o laboratório. Está mais do que provado que a vacina evita mortes e casos mais graves dessa maldita doença.

Em seu nome, doutora Sarah, agradecemos aos seus colegas, anônimos, que não são milionários e não desfilam em iates, carrões e jatos particulares, mas que contribuem para a salvação da vida, da humanidade. Parabéns ao povo inglês, sensível, polido, educado e, acima de tudo, agradecido. O torneio de tênis, dos mais famosos do mundo, foi apenas um detalhe. O protagonista não estava na quadra e sim na arquibancada, num raro momento de folga e lazer!

audima