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coluna do jaeci

Timaço, novo PSG deve tirar o protagonismo de Neymar

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Vou avisar um ano antes, para que a “geração nutella” não me encha o saco: O Paris Saint-German está montando um time com chances reais de ser campeão da Champions League. Foram contratados o goleiro Donnarumma, campeão europeu com a Itália, Sergio Ramos, zagueiro quatro vezes campeão da Champions com o Real Madrid, Hakimi e Wijnaldum, e ainda está no mercado em busca de mais jogadores com o DNA vencedor. Além de ter Mbappé, Neymar e Verratti, também campeão europeu com a Itália. O príncipe catariano, dono do time, quer realmente transformar o clube em vencedor. Tem tentado há cinco anos, desde que contratou Neymar, mas na temporada passada não conseguiu nem sequer o título francês, cujo campeonato é um dos piores do mundo.



Não adianta. Para ganhar a Champions League sozinho, como a gente diz no futebol, somente se tiver Messi ou Cristiano Ronaldo – ou os dois juntos. Aliás, meu sonho. Que o Barcelona consiga contratar o português, já que Messi está renovando contrato. Tirando esses dois gênios, nenhum outro jogador tem condições de assumir essa responsabilidade. Mbappé ainda é muito novo e imaturo. Neymar está com 29 anos e meio e já provou não ser esse cara, embora eu veja nele talento e qualidade de craque, mas alguns degraus abaixo dos citados. É grande jogador, mas não é genial como o argentino e o português.

E, vale lembrar: para se tornar o melhor do mundo, obsessão dele, não passa por ser campeão europeu. Ronaldo Fenômeno, eleito três vezes o melhor do mundo, e Romário, eleito em 1994, não conquistaram a Orelhuda, e nem por isso deixaram de ser aclamados. A verdade é que, nas vezes em que disputou, Neymar concorreu com os extraterrestres Messi e Cristiano Ronaldo, e não foi páreo para Modric, melhor da Copa da Rússia, nem tampouco para Lewandowski, artilheiro europeu e campeão de tudo com o Bayern. Tecnicamente, Neymar é muito superior ao polonês, mas peca em muitos aspectos. Joga poucas partidas no ano – vive machucado – e não tem o comprometimento que se exige para quem quer ser o melhor do mundo.

Com o investimento feito pelo príncipe catariano, as chances aumentam, embora não possamos garantir título. Há outras equipes mais qualificadas, e o coletivo também ganha, como no caso do Chelsea, que não tem nenhum jogador extraclasse, mas é homogêneo, muito bem dirigido pelo alemão Thomas Tuchel. Para se ter uma ideia, o destaque é o volante francês Kanté, baixinho e muito bom de bola. Portanto, “geração nutella”, não me venham atribuir a Neymar uma possível conquista de Champions League. Se ocorrer, vai se dever aos contratados e à genialidade do jovem e talentoso Mbappé.





Outra postura

Se quiser avançar na Copa Libertadores, o Galo terá de adotar outra postura diante do Boca, na terça-feira, no Mineirão. Empatar em La Bombonera em 0 a 0 não é demérito nenhum, ao contrário. O Boca sempre foi temido em seu alçapão. O problema foi a falta de iniciativa ofensiva do Galo e o péssimo futebol diante de um dos piores Boca Juniors da história. Hulk não marca há nove jogos, mas a torcida está satisfeita com ele, que tem dado assistências e sido importante para o grupo. Ganhando R$ 1,3 milhão mensais, eu acho pouco. Fazer gols contra adversários de qualidade duvidosa, qualquer um faz. A torcida quer vê-lo marcando contra o Boca e eliminando o adversário.

Clube empresa

Projeto aprovado no Senado e na Câmara, resta agora o presidente Bolsonaro sancionar. É a salvação para os clubes brasileiros, sempre mal geridos, administrados por gente amadora, alguns, aproveitadores do dinheiro alheio, como comprovado pela polícia e Justiça em algumas situações. O torcedor tem de ficar de olho no dirigente que não quiser transformar seu clube em empresa. Com certeza, vai querer tirar algum proveito. Não há alternativa ao falido e combalido futebol brasileiro.