Quantos títulos foram decididos no apito? São incontáveis. Lembro-me de um jogo entre Santos e Portuguesa, em 1973, em que o árbitro já falecido, Armando Marques, errou a contagem de penalidades. O título foi dividido para as duas equipes. Surreal! E ele continuou a apitar, como se isso fosse normal. Na Europa, teria encerrado a carreira naquela decisão.
Porém, tem árbitros que não veem assim. Quando um zagueiro erra a bola e acerta o atacante, tem árbitro que marca penalidade. Outros já não tomam conhecimento. Enfim, a arbitragem brasileira é uma vergonha há tempos, mas, exceto um árbitro venal, a maioria erra porque é ruim ou por medo, principalmente quando apita na casa de alguém.
O maior árbitro da história do nosso futebol, meu amigo Arnaldo Cézar Coelho, sempre foi contra a criação do VAR, e, lá atrás, disse que os árbitros iriam se eximir de culpa e não bancariam mais nada. Não deu outra! Arnaldo foi convidado para dirigir a arbitragem na Fifa, várias vezes. Sempre declinou do convite, pois agora curte a vida com a mulher Graça, filhos e netos. Arnaldo faz muita falta na TV e nos gramados.