Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

A caótica arbitragem brasileira na hora da decisão

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Os campeonatos no Brasil e América do Sul, caso da Libertadores, estão afunilando, e, neste momento, é bom a CBF e a Conmebol escolherem os melhores árbitros de cada país para apitarem as decisões. Além de colocar no VAR árbitros sérios e competentes. Não se pode jogar um trabalho de um ano no lixo, por conta de péssimos árbitros. Já vimos vários filmes, repetidos a cada temporada, e os árbitros ruins ou venais são premiados, pois continuam apitando jogos decisivos e errando para todo lado.



Quantos títulos foram decididos no apito? São incontáveis. Lembro-me de um jogo entre Santos e Portuguesa, em 1973, em que o árbitro já falecido, Armando Marques, errou a contagem de penalidades. O título foi dividido para as duas equipes. Surreal! E ele continuou a apitar, como se isso fosse normal. Na Europa, teria encerrado a carreira naquela decisão.

O que temos visto na América do Sul em relação a árbitros e VAR é uma vergonha. Nem com o equipamento, que, em tese, foi criado para dirimir erros crassos, os caras conseguem se entender. Para uns, bola na mão é pênalti, para outros não é. A Fifa diz que se o jogador ampliar o espaço ao abrir o braço, é pênalti.

Porém, tem árbitros que não veem assim. Quando um zagueiro erra a bola e acerta o atacante, tem árbitro que marca penalidade. Outros já não tomam conhecimento. Enfim, a arbitragem brasileira é uma vergonha há tempos, mas, exceto um árbitro venal, a maioria erra porque é ruim ou por medo, principalmente quando apita na casa de alguém.





Pior que isso é perceber que árbitros que erraram a vida toda são comentaristas de TV e rádio, na maior cara de pau. São tão cínicos que criticam os que atuam hoje, como se no passado não tivessem errado. É uma vergonha! Também o cara que comanda a arbitragem no Brasil é o tal Leonardo Gaciba, que não tem histórico nem história para tal. Não o reconheço como um ex-árbitro de nível, muito pelo contrário. Ele não tem o menor critério nas escalações e, o que a gente vê, é lambança de Norte a Sul do país.

Por que na Europa os árbitros erram tão pouco e decidem uma questão com o VAR no máximo em 1 minuto? Porque lá são bem treinados e bem preparados. Fazem cursos de reciclagem, aprendem e se impõem. Vimos na Eurocopa árbitros que tiveram personalidade e peitaram o VAR, sem querer olhar o dispositivo no monitor. Chamam para eles a responsabilidade. No futebol brasileiro, os árbitros se omitem. O lance acontece na cara deles e fingem não ter visto. Aí, recorrem ao VAR, para se eximir de qualquer culpa.

O maior árbitro da história do nosso futebol, meu amigo Arnaldo Cézar Coelho, sempre foi contra a criação do VAR, e, lá atrás, disse que os árbitros iriam se eximir de culpa e não bancariam mais nada. Não deu outra! Arnaldo foi convidado para dirigir a arbitragem na Fifa, várias vezes. Sempre declinou do convite, pois agora curte a vida com a mulher Graça, filhos e netos. Arnaldo faz muita falta na TV e nos gramados.





Estamos com as semifinais da Libertadores e Copa do Brasil. Estou avisando antes de o leite derramar. É preciso critério de isonomia para todos. Não é mais possível que os árbitros favoreçam equipe A em detrimento da B, por incompetência ou outra coisa qualquer. Temos mais de 30 câmeras no campo e não há mais como prejudicar uma equipe. Eu só não acredito na tal linha do impedimento, traçada no VAR. Quem opera a tal linha é um humano, que tem um time do coração e que pode muito bem tender para ele. O ser humano é falho por natureza, ou, muitas das vezes, venal.

Fifa tinha que acabar com esse negócio de o cara está impedido pelo dedão do pé, ou pela franja, ou pelo ombro. Isso é palhaçada. Anulam-se gols e mais gols por conta disso. Eu sou até a favor de que se acabe com a lei do impedimento. A Fifa já pensou nisso, mas nunca avançou na questão. Enfim, estamos vivendo os tempos mais sombrios e ruins da arbitragem brasileira. Talvez a solução seja importar um Colina, ex-árbitro italiano e chefe da arbitragem na Fifa, para dar uma aula aos nossos árbitros. Não é possível tantos erros crassos, diante de um dispositivo criado para minimizar e dirimir tais erros. Ou talvez a arbitragem brasileira seja reflexo do país, assim como é o futebol, desorganizado, ruim e abaixo de qualquer crítica.

“SEIS PONTOS”

Não sou a favor dessa máxima de jogo de seis pontos, pois uma partida vale no máximo três. Porém, Vasco e Cruzeiro, que se enfrentam hoje, em São Januário, farão o tal jogo de “seis pontos”. Concorrentes diretos a uma das quatro vagas para a volta a elite, ambos precisam desesperadamente da vitória, e, como brigam por isso, quem vencer vai faturar os três pontos e deixará o outro sem os três. Daí se diz jogo de “seis pontos”. O empate não ajudará nenhum deles e as chances de subir vão diminuir. O Cruzeiro é o “rei” dos empates, com 12 até aqui. A frase que me vem a cabeça é aquela em que Vanderlei Luxemburgo diz: “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. Será que o Cruzeiro está entrando em campo com medo de perder?




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