Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Futebol no Cruzeiro só voltará a funcionar com Pedro Lourenço

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O Cruzeiro se habituou à Série B e parece não querer mais sair de lá. É o que temos visto nos últimos dois anos, e o que veremos também em 2022, já que esse time não sobe nem com reza brava. Quando a gente assiste a um jogo do Cruzeiro, percebe que não há mais como os jogadores evoluírem. Eles não conseguem fazer mais do que isso. Nem Luxemburgo, a quem considero o Pelé dos técnicos, nem Guardiola, nem Klopp, nenhum deles conseguiria tirar mais do que o que os jogadores podem produzir. Em resumo: o problema do Cruzeiro é o nível técnico ruim da maioria de seus atletas.



E a questão não é o atraso salarial ou qualquer outra coisa. Claro que os salários devem ser pagos em dia, mas o problema mesmo é que os dirigentes entenderam que com jogadores nível B ou C subiriam com tranquilidade para a Série A, e isso não ocorreu nem vai ocorrer. Vejam o exemplo do Botafogo. O técnico é Enderson Moreira, que não deu certo no Cruzeiro na temporada passada. No time carioca, porém, está muito bem, entre os ponteiros. Tudo isso porque o Botafogo tem um grupo mais qualificado e melhor que o time mineiro. Sem limões não se faz uma boa limonada.

Os dirigentes acham que gerir futebol é coisa simples, que basta um cursinho aqui ou ali que a coisa vai funcionar. Futebol se faz com planejamento, e isso jamais ocorreu na atual gestão. Olhem quantos treinadores, inexpressivos e sem preparo, foram contratados. Ano passado, sugeri Felipão. Felizmente, o chamaram antes de o time cair para a Série C, mas deveriam tê-lo contratado no começo da temporada. O mesmo digo agora. Luxemburgo deveria ter sido contratado em janeiro, para estruturar um projeto e dar corpo e alma ao time. Chegou pilotando um avião caindo, está invicto, mas os sucessivos empates têm tirado o sono dele. Subir é quase missão impossível, mas, pelo menos, para a Série C o Cruzeiro não vai.

O que me incomoda e, com certeza, aos milhões de cruzeirenses, é a passividade da diretoria, que se acomodou com o time na Segundona. Parece que é “normal” ver esse gigante do nosso futebol definhando, sendo motivo de chacota do rival, Atlético, como se nada estivesse ocorrendo. O torcedor vai aceitar mais um ano na Segundona, o terceiro consecutivo? Duvido muito. É preciso mudanças radicais. Pedro Lourenço deveria ser o dono do futebol, comandar tudo, pois ele conhece do esporte bretão. Seria o cara ideal, além de grande parceiro financeiro, para montar um time decente para 2022. Não adianta se iludir com jogadores bonzinhos. Jogador bonzinho não faz equipe grande subir. Pode servir para times medianos, mas não para o Cruzeiro. E Pedrinho e Luxa são amigos, se entendem e pensam de forma grande. Não adianta mais falar que o Cruzeiro foi roubado, assaltado e jogado na lama. Isso todo mundo sabe, pois a polícia e a Justiça já identificaram os bandidos. A questão agora é montar time decente, buscar alternativas e tentar ficar entre os ponteiros desde o começo da competição, ano que vem. Não há outro caminho. O Cruzeiro na Segundona não pode ser algo comum nem tampouco aceitável com tanta paciência e tranquilidade. Estamos falando do Cruzeiro, campeoníssimo das Minas Gerais e do Brasil, não estamos falando do “Arimatéia ou Bambala”, como disse certa vez Felipão.





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