Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Pelo fim dos campeonatos estaduais e das federações

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Cinco meses de estaduais que nada valem, competições retrógradas e ultrapassadas. Em Minas, por exemplo, a TV Globo não quer mais mostrar o campeonato na sua grade, dá prejuízo e o desinteresse do público é gigante. No Rio e São Paulo a Globo também não quis. Outra emissora está negociando.



Já escrevi aqui e falei no meu blog, no Superesportes, e no meu canal de youtube, que, em décadas passadas, o torcedor preferia os estaduais ao Brasileirão. Isso até meados de 1980. De lá para cá, as competições estaduais perderam relevância, charme e já não revelam mais ninguém para os principais clubes.

 

Então por que existem ainda? Porque é a única forma de manter as federações vivas. Sem essa competição, não há razão da existência de tais entidades.

 

Cinco meses jogados no lixo, que poderiam servir para as datas-Fifa, parando as competições que valem: Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Mundial de Clubes.

Há que se chegar um momento em que os Estaduais vão sumir do mapa. Será hora de o torcedor soltar foguetes e comemorar. Agora mesmo, estamos vivendo um grande drama, mais uma vez. A Seleção vai fazer 3 jogos pelas eliminatórias e vai desfalcar vários times - entre os principais, Flamengo, Atlético Mineiro e Palmeiras. O mundo inteiro está parado por causa das competições de suas seleções, mas, no Brasil, é essa bagunça.





 

Com o fim dos Estaduais, teremos também o fim das Federações, e, por consequência, caberá à CBF cuidar, única e exclusivamente, da Seleção Brasileira, como acontece com as Confederações do mundo inteiro.

Os clubes não sabem a força que têm, e, desunidos, não conseguem fundar uma Liga, para comandarem seus próprios destinos. São culpados, sim, pois na hora de votar, são egoístas e cada um só olha para seu umbigo. O Flamengo, recentemente, se sentiu o dono do mundo ao liberar público e ao não participar da reunião com os outros 19 clubes. Em que mundo vive o presidente do Flamengo, acha que está acima do bem e do mal?

 

Estamos vivendo a pandemia -, graças a Deus sob controle -, e nesse período tivemos a grande chance de não disputarmos os estaduais. Ninguém sentiria falta, mas há clubes que só ganham isso e comemoram como se fosse um título mundial. O exemplo mais recente é do São Paulo, que, em frangalhos, ganhou o Paulistão e comemora até hoje, dando uma sobrevida ao técnico, Hernan Crespo. Fosse ele um técnico brasileiro, e teria tomado um pé na bunda há tempos.

 

O futebol brasileiro não precisa das federações e os clubes não precisam da CBF para organizarem suas competições. Será que é difícil contratar um CEO, montar uma Liga e decidir seu próprio destino? Fazer um calendário em que se respeite pré-temporada, data-Fifa, férias dos atletas. O Brasileirão poderia começar em fevereiro e terminar em dezembro, com jogos somente nos fins-de-semana, com as Copas sendo disputadas no meio-de-semana. É simples fazer uma tabela e cumpri-la à risca.



Não há mais espaço para dirigentes amadores, para diretor de futebol que faz conchavo e que tem nome queimado no mercado. Sim, os jogadores e os clubes ficam sabendo quando alguém leva propina em negociação de jogadores. É hora de extirpar essa gente do futebol brasileiro. Hora de nos repaginarmos e nos modernizarmos.

 

Que os clubes exijam sua carta de alforria, que comandem seus próprios destinos, que sejam soberanos, independentes e, acima de tudo, unidos. Se não tiverem competência para gerir seus próprios destinos, que peguem CEOs, emprestados na Europa, até que consigamos formar gente competente por aqui, que possa nos conduzir ao primeiro mundo do futebol. Chega de amadorismo, de sacrificar os clubes, de pires na mão, mendigando cotas de TV até 2023. Não dá mais. Vamos dizer não aos Estaduais e as Federações. O mundo mudou, só o futebol brasileiro não quer enxergar essa realidade.

FACA, GOIABADA E QUEIJO NA MÃO

O Atlético tem todas as chances de ganhar o Brasileirão, depois de 50 anos. Está com gordura acumulada, na liderança isolada do Brasileirão, e tem adversários, teoricamente, mais fracos do que terão Flamengo e Palmeiras.



E um detalhe: dessa vez o time tem consistência com Cuca, um dos melhores treinadores do futebol brasileiro. Não é mais aquela bagunça que era com Jorge Sampaoli, que mudava o time a cada jogo, e punha “atacante no gol, e goleiro de centroavante”.

Pelo trabalho de Cuca, recuperação de vários jogadores medianos, eu acho que finalmente, chegou a hora de o Galo levantar o caneco, e se tornar bicampeão brasileiro.

O que vocês acham? 

audima