Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Galo precisa garantir a vaga na final da Copa do Brasil hoje, com a torcida

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O jogo do Atlético, esta noite, contra o Fortaleza, no Mineirão, é aquele em que o time mineiro precisa ter uma atuação perfeita, marcar dois ou mais gols e construir uma vantagem gigantesca para a partida de volta, semana que vem, no Ceará.




O torcedor, que não é doente, e que usa a razão acima da emoção, sabe que o seu time caiu muito nos últimos jogos. Culpa dos desfalques, do desentrosamento de quem entra, do cansaço...

Se bem que falar em cansaço com quem ganha R$ 1,5 milhão mensais e até desumano com o trabalhador que percebe o salário mínimo de fome que se paga no Brasil.

Tenho a certeza de que qualquer operário que tivesse um salário milionário desses atletas daria a vida e jogaria dia após dia.

Mas o futebol é um mundo à parte, tratado como se estivesse acima do bem e do mal. Mas isso é assunto para outra hora.

A verdade é que o Galo já não tem o mesmo futebol do meio da temporada e isso é preocupante. Um time que, segundo muitos, depende única e exclusivamente de Hulk.



Eu já penso diferente: acho que depende do cerebral Nacho Fernández, que não é craque, mas que apresenta belíssimo futebol, bem acima da média da maioria de seus pares.

Se ele está bem, as jogadas surgem, os passes milimétricos e os gols. Sem ele, o Galo é um time pobre em criatividade, muito comum.

Aliás, quando digo que o Atlético tem um time mediano, os atleticanos ficam P.... da vida comigo. Lamento, mas eu gosto de falar a verdade, aquilo que vejo.

Ou alguém quer me convencer que Everson, Ígor Rabelo, Sasha, Keno, Vargas, Allan e outros menos votados, são excepcionais? De jeito nenhum.

São medianos sim, e melhoraram o potencial sob o comando de Cuca, que consegue tirar o máximo que eles podem dar.

Eu sei que a verdade dói, principalmente num momento em que há tantos “blogueiros torcedores”, ligados aos clubes e que só falam bem, que enaltecem e que mentem para eles mesmos.



Sim, em todos os clubes do Brasil há essas figuras, que são seguidas por uma legião de “doentes e cegos”, que preferem mascarar a realidade.

No caso de jornalistas formados, premiados e sérios, é preciso tocar na ferida e mostrar a realidade. O futebol brasileiro está nivelado por baixo, daí o sucesso dos “repatriados”, mesmo com idade avançada.

Filipe Luís, Hulk, Renato Augusto e outros que voltaram ao mercado brasileiro. Para a Europa, eles não servem mais, já prestaram serviços.

Para a América do Sul, ainda têm lenha para queimar. É a nossa realidade, pois as divisões de base não revelam mais ninguém. E, quando conseguem tirar uma joia, ela é vendida por milhões de euros ao Velho Mundo para voltarem ao país quando tiverem lá pelos 35 anos.

A roda tem girado assim há um bom tempo, e não há perspectiva de mudanças.

Se o Galo jogar bem e fizer um placar dilatado, estará na final da Copa do Brasil, pois não acredito que o Fortaleza consiga reverter um resultado adverso, mesmo em sua casa.



Sei que ele faz belíssima campanha no Brasileiro, mas, analisando friamente, o Galo tem mais técnico, mais time e mais grupo, pois gastou R$ 300 milhões em contratações, apostando em conquistar taças.

Acho que algumas foram equivocadas e que o dinheiro foi jogado no lixo: Guga, Hyoran, Nathan, Bueno, Dylan, Tchê Tchê e outros.

Porém, se o time for campeão, o torcedor não vai querer saber se o time é mediano ou não. Vai carregar os caras no ombro e comemorar. Para o mediano futebol que se pratica no Brasil, não é nada demais ter um time mediano, como têm as outras 18 equipes da Série A.

Assim como toda a imprensa, acho o Flamengo o diferencial, e tem provado isso nos últimos três anos, com um time forte e confiável, embora a defesa seja fraca. Do meio para a frente, o Flamengo tem sim os melhores jogadores do país.





O Mineirão vai estar bonito com a massa alvinegra empurrando o time, como fez contra o Santos, na virada por 3 a 1.

E quando digo torcedor, falo nos anônimos, nos verdadeiros atleticanos e não nas facções que criaram ao longo dos anos no país.

É essa gente que pode fazer a diferença e levar o Galo à final da Copa do Brasil. Por isso, acho que o jogo de hoje tem um caráter decisivo, embora seja um confronto de 180 minutos.

Cuca deverá entrar com o que há de melhor. Não adianta começar com Nacho no banco e colocá-lo quando o caldo estiver entornando. Se ele é o maestro da equipe, que possa reger a orquestra desde o primeiro minuto de jogo, até onde aguentar.

Jogar a partida de volta com uma boa vantagem é o que o torcedor alvinegro espera. E não vai medir esforços para empurrar o time do primeiro ao último minuto. “Aqui é Galo, porra!”

audima