Alício Pena Júnior, mineiro, ex-árbitro, e dos bons, é o novo chefe da arbitragem na CBF. O incompetente Leonardo Gaciba foi demitido pela quantidade de lambanças que a arbitragem brasileira vem fazendo no Brasileirão; a última delas, no jogo Flamengo 3 x 0 Bahia, quando o zagueiro baiano cortou uma jogada de Diego Ribas com o peito e o árbitro e o VAR consideraram mão, num dos erros mais gritantes dos últimos tempos. Prejudicado em vários jogos, o Flamengo gritou e logo teve um pênalti, inexistente, anotado a seu favor. Tava na cara que aquele lance era a decretação da demissão de Gaciba.
Eu não entendo o motivo de os árbitros não darem entrevistas após os jogos. Lembro-me de um jogo pelo Brasileiro, em 1986, em que Arnaldo Cézar Coelho foi apitar no Mineirão. Era um jogo do Galo, e eu era repórter da TV Globo. Ele entrou em campo e eu o entrevistei. Após o jogo, também o chamei para uma entrevista. Naquela época, todos assumiam suas responsabilidades e tornavam público o que havia acontecido. Porém, trataram de botar mordaça nos árbitros e nos chefes da arbitragem, e o que temos visto são erros crassos, contra e a favor de todas as equipes.
Alício Pena Júnior foi um excelente árbitro, e sua indicação é um ponto a mais para Minas Gerais, que tem entre os vice-presidentes o doutor Castellar Guimarães Neto, um craque no que faz, reto e com prestígio na entidade e na Fifa. Deverá ser o novo presidente da CBF em 2023. No momento, o também correto Ednaldo Rodrigues comanda a entidade. Aliás, sobre Castellar, tenho ouvido criticas, injustas, dizendo que ele tem influenciado nos resultados do Galo, pois, como vice-presidente da CBF, tem esse poder. Mentira dos maldosos. Doutor Castellar é integro, correto e honesto. É um jurista renomado. Ele nunca negou ser atleticano, mas usa a isenção e isonomia como regras. O Atlético é o campeão brasileiro por méritos do time e do técnico Cuca.
A expectativa dos torcedores é de que, daqui pra frente, a arbitragem seja mais bem-preparada, mais coerente e uniforme nas decisões. Se a bola bate no corpo e depois no braço, não há infração. Porém, há árbitros que marcam e outros que não marcam. É preciso que haja o mínimo de isonomia. E o VAR precisa ser melhorado e interferir menos nas decisões de campo. O árbitro tem que ter firmeza de apontar uma penalidade, que está sob sua visão, e não precisar da confirmação do VAR. Se ele viu que foi pênalti, que ponha a bola na marca da cal e pronto.
Outra coisa que é preciso melhorar é com relação aos jogadores. Qualquer coisinha, eles correm em direção ao árbitro, pressionando para que ele vá ao monitor conferir o lance. É uma intimidação séria. Na Europa, já vi vários lances em que o árbitro espera a definição do VAR, sem a pressão dos jogadores, sem que eles precisem ficar amontoados, à beira do campo, esperando o árbitro olhar o lance e voltar a campo para decidir a questão.
Que Alício Pena Júnior mude essa filosofia atual e transforme a arbitragem brasileira numa coisa leve, isenta e correta. Que não olhe a camisa de ninguém e que marque o que realmente acontece em campo. A demissão de Gaciba é um alívio para todos nós. A chega de Alício Pena, a renovação da esperança de jogos apitados com correção, qualidade, e acima de tudo, coerência, uniformidade e tranasparência.
Que Alício Pena Júnior mude essa filosofia atual e transforme a arbitragem brasileira numa coisa leve, isenta e correta. Que não olhe a camisa de ninguém e que marque o que realmente acontece em campo. A demissão de Gaciba é um alívio para todos nós. A chega de Alício Pena, a renovação da esperança de jogos apitados com correção, qualidade, e acima de tudo, coerência, uniformidade e tranasparência.