Motivada pela derrota daquele que escolheu como inimigo mortal, a torcida do Atlético lotou o Mineirão, mais uma vez, para confirmar o título de campeão brasileiro pela segunda vez em sua história. Uma vitória sobre o Flu, liberaria o grito preso na garganta há meio século. Afinal, chegando aos 78 pontos, matematicamente o alvinegro precisaria de dois pontos em 3 jogos. Isso caso o Flamengo ganhe todos os jogos, o que não vai acontecer. Sendo assim, na próxima terça-feira, caso o rubro-negro não vença o Ceará, o Galo será proclamado, oficialmente o novo dono do Brasil. E ainda pode ganhar a Copa do Brasil. Os dois jogos decisivos serão dia 12, no Gigante da Pampulha, e dia 15, na Arena da Baixada. Seria como fechar o ano com chave de diamante.
Em cobrança de falta o Fluminense chegou ao seu gol e com um velho conhecido dos mineiros, o zagueiro Manoel. Falta cobrada pelo lado esquerdo, ele entrou livre e cabeceou forte. Fluminense 1 a 0.
O time carioca não jogava atrás não. Se impunha também e buscava os gols. Com a vitória, chegava ao quarto lugar. Fred quase marcou o segundo, mas Everson estava atento. O primeiro grande lance do Galo veio com Hulk, em chute forte, que Marcos Felipe espalmou.
E num deles, chamado pelo VAR, o árbitro resolveu revisar. E ele marcou a penalidade. O lateral Marlon subiu de costas e a bola bateu no braço. Sandro Meira Ricci, comentarista de arbitragem, disse que não foi penalidade, pois a bola bateu no ombro, e depois no braço. O VAR e o árbitro não entenderam assim. Hulk bateu e empatou. 1 a 1. Keno cabeceou na pequena área, para fora, com o goleiro tricolor já batido. Assim, terminou o primeiro tempo.
Iago Felipe deu o troco em cobrança de falta, mas, Everson espalmou no ângulo. O importante era que o Atlético chegava aos 78 pontos, e qualquer tropeço do Flamengo na terça, a taça pode ser entregue na Cidade do Galo.
O Fluminense não desistia, mas, sabia que era muito difícil empatar ou até virar o jogo. A torcida fazia sua festa, o que tem sido rotina nessa competição. Não foi contra o Juventude, nem mesmo nessa vitória sobre o Flu, mas, é claro que o Galo é campeão brasileiro, depois de meio século.
Se ainda não de direito, pois a tal de matemática não permite, mas, de fato. O torcedor pôde soltar o grito, pois os jogadores, em campo, se abraçaram e comemoraram uma conquista tão sonhada, desejada e sofrida! "É campeão"!