Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Facções organizadas continuam matando no futebol

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Abro nosso site no Superesportes e vejo a belíssima notícia: “MP bane Facção organizada Máfia Azul”. Vibrei, pois todos conhecem minha opinião sobre essas facções organizadas de clubes, que matam de Norte a Sul do país.



Porém, minha alegria durou pouco, quando li a matéria toda e percebi que o banimento era de apenas 6 meses. Desse jeito, jamais vamos acabar com a violência dessas facções e as mortes, como a do torcedor atleticano, no domingo, em emboscada sofrida por passageiros de um ônibus.

Segundo informações do site, o rapaz assassinado pertencia a outra facção do Atlético. A polícia conseguiu prender alguns dos bandidos, e eles estão à disposição da Justiça.

Toda vez que há brigas dessas gangues e alguém é morto, lembro-me daquela cena terrível e cruel, de um torcedor cruzeirense, inerte no chão, provavelmente já morto, e os assassinos, cruéis e sanguinários, com um cavalete, batendo em sua cabeça. Se, naquele momento, as autoridades tivessem dado um basta e acabado com essas facções, muitas mortes posteriores teriam sido evitadas. E não sei qual o motivo de as autoridades não extinguirem essas facções. Seria medo? Se quem é pago para nos proteger tem medo de tomar uma atitude radical, estamos mesmo perdidos. Um caso sem solução.

É sabido que alguns dirigentes de clubes são co-responsáveis por tudo isso, pois, segundo reportagens e depoimentos, financiam aluguéis de salas, telefones celulares e aluguéis de ônibus para que os bandidos viajem. Já vimos várias revelações a respeito.



Isso tem que acabar. Eu sempre digo que o torcedor de verdade é aquele anônimo, que não participa de facção e que paga seu ingresso, na paz, para ver seu o time jogar. A gente percebe que o que existe entre os bandidos é mesmo uma guerra, pois eles se matam até mesmo longe dos estádios, como aconteceu no domingo. No ônibus, segundo relatos, havia crianças e outras pessoas que nada tinham a ver com o jogo. Quantas vezes a polícia frustrou os bandidos que marcavam ponto de encontro para se digladiarem, se matarem?

A sociedade de bem espera uma providência mais enérgica de uma autoridade que realmente esteja disposta a acabar com essas barbáries e assassinatos. Houve uma época em que policiais brasileiros foram mandados à Inglaterra para aprender como funciona o sistema que acabou com os violentos holligans. Pelo jeito, eles foram passear, pois até hoje a violência nos estádios e imediações só aumentou. Não houve nenhum avanço para conter bandidos.

Claro que tudo isso passa pela educação de um povo, pela melhoria da vida do cidadão e tudo o mais. Entretanto, se não houver uma providência imediata, as cenas recorrentes de violência entre esses vândalos vão continuar a rodar o mundo, para nossa vergonha.

ódio nas redes sociais é cada vez maior, sem que os bandidos que se escondem atrás de teclados de telefone e computadores sejam punidos. Vazar o número de telefone ou agredir alguém pelas redes sociais aqui nos Estados Unidos, que é país sério, onde as leis são cumpridas, dá cadeia. No Brasil não acontece absolutamente nada. Estamos na contramão da história, caminhando a passos largos para o fim.





Não existe santo nessas facções organizadas. Quem faz parte dessas organizações tem que ser tratado como bandido. Outro dia um médico me disse que fazia parte de uma organizada e que ali havia gente de bem. Não posso acreditar nisso, pois se está associado a uma facção criminosa, que mata nos estádios ou fora deles, não pode ser gente do bem. Se você se associou a determinada facção, sabe os riscos que está correndo.

É muito triste saber que a vida de mais um jovem teve sua vida ceifada simplesmente porque usava uma camisa do rival. Esses bandidos estabeleceram que usar uma camisa diferente daquele time para o qual ele torce significa inimigo mortal.

Tivemos um período maravilhoso, sem torcida nos estádios, sem violência, sem morte. Infelizmente deveriam decretar o fim das torcidas nos estádios, pois se não há como conter os bandidos, não há como proteger os torcedores do bem, que tenhamos futebol sem público. “Os justos vão pagar pelos pecadores”. Ou então uma autoridade de pulso determina o fim de todas as facções no futebol.



O esporte bretão deveria significar união de povos, raças, crenças, emoção, paixão, com limite, e diversão. Nesse Brasil do ódio e de “terra de ninguém”, significa violência, barbárie e morte. Até quando as autoridades vão deixar isso continuar, e quando vão resolver de uma vez por todas essas questões? Essa é a pergunta que a sociedade de bem faz. Com a resposta, as autoridades. Medidas paliativas de suspender por tempo determinado não dão certo, está mais que provado ao longo dos anos. A solução, todos conhecemos: a extinção dessas facções do nosso futebol!

audima