Jornal Estado de Minas

coluna do jaeci

Se jogarem tudo que sabem, Galo e Hulk confirmam o título na Bahia

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O presente que o atleticano pediu a Papai Noel está vindo em conta-gotas, mas pode ser resolvido hoje, caso o Galo vença o Bahia em Salvador. Com 78 pontos, até o empate deve servir, desde que somado a mais um contra Bragantino ou Grêmio, pois o Flamengo, vice-líder, só pode chegar a 79 pontos, caso vença seus três últimos jogos. Pela regularidade, consistência e pelo que os jogadores estão fazendo, é grande a possibilidade de o time mineiro vencer as três últimas partidas. Porém, para não haver mais dúvida, ganha logo do Bahia hoje, praticamente rebaixa o adversário e corre para o abraço.



A diretoria programa uma grande festa na Praça da Savassi, no domingo, logo após o jogo com o Bragantino, no Mineirão, que vai estar entupido de gente, o que virou rotina nos jogos do Galo. Fico imaginando quando o Estádio Presidente Elias Kalil estiver pronto. A casa do Galo, tão bem idealizada por Daniel Nepomuceno, que convenceu cada conselheiro pela aprovação do projeto, será uma grande aliada do clube. Ter a casa própria é sempre bom, e tudo o que girar em torno do espetáculo irá para os cofres do clube. Daniel Nepomuceno era visionário e lutou por realizar esse sonho.

Voltando ao jogo contra o Bahia, o Galo tem todas as condições de conseguir um grande resultado, quem sabe, até uma goleada. Mas o torcedor, tão sofrido nos últimos 50 anos, tão revoltado com arbitragens, quer até uma vitória por “meio a zero”. Não importa! Quer comemorar, pôr duas estrelas na camisa e gritar a plenos pulmões que, finalmente, o bicampeonato chegou.

Imagino como estão Luisinho, Cerezo, Éder, Reinaldo, Paulo Isidoro e tantos outros craques que não conseguiram levantar um título brasileiro pelo Atlético. Os motivos são vários, como erros crassos de arbitragem. Que o digam também Guilherme e Marques, que em 1999 viram o título escapar por um erro crasso do árbitro que não deu a penalidade que o zagueiro Índio cometeu ao pôr a mão na bola dentro da área. Realmente, o Galo foi muito prejudicado ao longo da história, mas eu penso que chegou o momento de comemorar, que as mágoas sejam esquecidas e que o amor dê lugar ao ódio. Éder trabalha com a comissão técnica e vive esse momento de perto, assim como o Rei, que é comentarista da TV Galo. Domingo, nós vimos a emoção do maior jogador da história do Atlético, o gênio da bola, Reinaldo, ao chorar quando Hulk, o melhor jogador do campeonato, ergueu o punho e comemorou o segundo gol contra o Flu, como fazia o Rei, em protesto contra a ditadura no Brasil, gesto imitado do movimento dos Panteras Negras, que lutavam por mais direitos civis nos Estados Unidos.



Artilheiro do Brasileiro, Hulk faz história com a camisa alvinegra e já é um dos maiores ídolos da Massa. Deu a volta por cima, depois de um péssimo começo e uma briga, via imprensa, com Cuca e tornou-se esse grande jogador. Para ele, esse título deverá ser o mais importante da carreira, pois no Porto foi campeão, mas, como todo o respeito ao time europeu, acho que o título brasileiro vale mais que o do Campeonato Português. É apenas a minha opinião. Como jogou no Zenit, da Rússia, e na China, Hulk não tem um currículo recheado de títulos memoráveis. Esse Brasileirão, com certeza, vai entrar para sua galeria como o mais importante da sua vida.

No mais, é o Galo fazer sua parte hoje e já retornar no avião, de volta para BH, com champanhe e brindes. E a Praça Sete deverá ficar lotada. Sendo campeão hoje, BH vai ficar pequena para a torcida, que, tenho certeza, irá comemorar desta quinta-feira até o dia 9, data do último jogo do Galo na competição. Lembrando que três dias depois, começa a decisão da Copa do Brasil contra o Athletico. O Galo pode ser bicampeão brasileiro e da Copa do Brasil. Um ano mágico, que, com certeza, jamais será esquecido pela fanática e fantástica torcida alvinegra. Sempre lembrando que, para mim, os fantásticos e fanáticos torcedores são os anônimos, que pagam ingressos, sofrem e comemoram com o seu time do coração. Solte o grito torcedor! “É bicampeão”!

audima