Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Estão matando o futebol brasileiro

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Depois de dois anos de uma terrível pandemia, que ainda não acabou, vivemos momentos mais terríveis ainda com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, em que o ditador e sanguinário Vladimir Putin mata gente de “seu próprio sangue”, pois até 1991 a Ucrânia fazia parte da extinta União Soviética. No futebol, estamos envergonhados com o nível de violência Brasil afora.



Semana passada, o ônibus da delegação do Bahia sofreu um atentado terrorista, pois uma bomba foi atirada dentro dele, ferindo alguns jogadores. Felizmente, ninguém morreu. No sábado, o ônibus do Grêmio sofreu uma emboscada. Pedras foram atiradas contra ele e um jogador teve traumatismo craniano. O Paraná Clube, rebaixado à Segundona, também no sábado, teve seu gramado invadido por “torcedores”, leia-se bandidos, que queriam bater nos jogadores e nos árbitros.

Que país é este? O futebol deveria ser amor, lazer, emoção e paixão comedida. Virou ódio, praça de guerra, matanças, atentados, violência generalizada. Dirigentes incitam facções organizadas contra jornalistas que dizem a verdade. Torcedores não aceitam derrotas. Bandidos, travestidos de torcedores, marcam pontos de encontro para digladiar, matar ou morrer. Jovens que deveriam tomar o caminho do bem, mas que, induzidos por um mundo odioso e violento, preferem o lado do mal. Os fatos são recorrentes e as punições serenas.
 
Já vimos vários casos se repetirem e a ação policial se limita a prender os baderneiros ou bandidos por algumas horas na delegacia, até que sejam liberados para cometer o mesmo crime no fim de semana seguinte. É preciso leis mais duras, como 30 anos na cadeia, sem regime de progressão de pena, visita íntima ou coisa parecida. Aliás, uma piada que só existe no Brasil.



As autoridades precisam se mobilizar para acabar com essa violência. Sei que é um reflexo de tudo o que a sociedade está vivendo, mas há de haver uma autoridade que crie um dispositivo imediato para conter os bandidos infiltrados no futebol. Eles não são torcedores!

Os dirigentes, que, segundo mostra a história, pagam ônibus, dão ingressos para os jogos, pagam aluguéis de salas e telefones celulares, são responsáveis por isso. Por que o torcedor comum, aquele do bem, que paga seu ingresso, não desfruta das mesmas regalias? Porque eles não estão ligados a dirigentes e torcem pelo clube que amam de verdade. Não são dirigidos e não são manipulados. Só não enxerga quem não quer.

Enfim, estamos vivendo momentos terríveis da humanidade. O mundo caminha para um buraco sem fim. Vejam que os bilionários russos estão se afastando do futebol por causa da guerra na Ucrânia. Roman Abramovich, dono do Chelsea e amigo de Putin, se afastou do clube londrino no sábado.

A imprensa divulga que ele perdeu alguns bilhões de dólares com essa guerra e sofrerá consequências por ser amigo do tirano. É sabido que os russos lavam dinheiro no futebol. Enfim, vamos mudar esse quadro. Vamos ter mais amor e menos ódio.

Olhar o torcedor adversário apenas como alguém que veste uma camisa diferente. Quando um jogador vai bater um escanteio ou um lateral próximo ao torcedor adversário, a gente percebe os xingamentos e o ódio que ele sofre. As câmeras de TV mostram. Por que isso? Que as autoridades deem um basta na violência desenfreada. A sociedade e os torcedores do bem exigem!