Jornal Estado de Minas

JAECI CARVALHO

Hulk e Nacho dão o Tri estadual ao Galo

O Galo manteve a hegemonia no Campeonato Mineiro, e chegou ao tricampeonato, com 3 a 1 em cima do Cruzeiro, no Mineirão. Os heróis foram Hulk, o melhor em campo, com um golaço, de fora da área, e outro em cobrança de pênalti, e Nacho Fernandéz, com outro golaço.




 
Edu descontou para o time azul. A equipe alvinegra impôs sua melhor categoria e fase, mostrando que é o dono do Brasil e das Minas Gerais, atualmente. Sua quarta conquista consecutiva: Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa e Campeonato Mineiro. Ao Cruzeiro restou a esperança de saber que tem um bom time, em condições de brigar pela volta à elite, que é seu principal objetivo na temporada. O Atlético vai em busca do bi da Libertadores e do tri das competições nacionais. Com a conquista, o Galo transformou Minas Gerais em preto e branco.

Chuva no Mineirão, mas os torcedores, que dividiam o estádio, depois de tanto tempo, queriam era se molhar mesmo e mostrar que as autoridades estavam certas em dar essa confiança. O Gigante da Pampulha fica colorido de preto, branco e azul, como nos velhos e bons tempos. O Galo era o favorito por sua força e pelas três conquistas consecutivas, mas, no clássico passado, o Cruzeiro mostrou sua força, encarando o rival de igual para igual.
 
O Fenômeno estava no estádio. Ele é um combustível a mais para seus jogadores. E tirou fotos com cruzeirenses e atleticanos, afinal, é um ídolo mundial.

Nos bancos, dois técnicos estrangeiros: o argentino Antônio Mohamed e o uruguaio Paulo Pezollano. A bola rolou e confesso que me emocionei ao ver as duas torcidas, lotando o Gigante da Pampulha, divididas por aquele clarão no meio.  Que coisa boa. É assim que deve ser. Os torcedores torcem por camisas diferentes, mas não são inimigos! Paz, acima de tudo. E a primeira grande jogada aconteceu na falha de Rafael. Ele repôs mal a bola, Nacho recebeu e tocou para Hulk. Ele chutou e Rafael se recuperou, fazendo grande defesa.




 
O Cruzeiro respondeu em cabeçada de Edu, que passou raspando a trave. Aos 25 minutos uma confusão generalizada. O árbitro e os bandeiras intervieram e Réver e Edu levaram cartão amarelo. É o que digo: se os jogadores não se respeitam em campo e brigam, induzem os torcedores nas arquibancadas. Aos 30 minutos, ele, o melhor jogador da atualidade no Brasil, fez um golaço. Hulk recebeu de Nacho, dominou e chutou rasteiro. O goleiro Rafael Cabral, mal colocado, nem pulou na bola. Falhou! Galo 1 a 0.
 
O Cruzeiro não tinha criatividade. Rifava a bola e ela voltava para seu campo. Porém, numa bela tabela, Pedro Castro quase empatou, de letra. Everson segurou firme. No lance seguinte, Edu recebeu na área e fuzilou. Mais uma vez, Everson salvou. E assim terminou o primeiro tempo.

SEGUNDO TEMPO

Não havia dúvida de que o Cruzeiro era guerreiro e um time organizado. Ainda que não ganhasse o Mineiro, sua torcida sairia feliz pelo que viu da equipe. Não tenho medo de dizer que com esse time o Cruzeiro voltará à elite. As equipes voltaram com a mesma formação. Esperava-se um Cruzeiro mais agressivo, afinal, pelo menos o empate levaria a decisão para as penalidades.




 
O Galo queria ampliar o placar e garantir a taça. O Galo mexeu. Ademir entrou na vaga de Keno, que teve atuação apagada. Bela tabela Hulk-Zaracho, mas o atacante exagerou e quis fazer gol de placa, dando caneta no zagueiro. Rafael saiu bem e segurou firme.
 
O Cruzeiro mexeu. João Paulo entrou na vaga de Pedro Castro e Waguininho na de Vitor Leque. E Waguininho fuzilou de longe, obrigando Everson a grande defesa. Mas foi o Galo quem marcou. Hulk tocou para Nacho na área, ele limpou a zaga e fuzilou, fazendo um golaço. 2 a 0. As coisas ficaram difíceis para o time azul. O Atlético soube impor sua melhor técnica e qualidade. Jogadores decisivos, experientes e respeitados.
 
A torcida alvinegra fazia a festa, quando Hulk ganhou na corrida e foi derrubado na área. Pênalti, marcou o árbitro e o VAR confirmou. Hulk mesmo bateu e fez Galo 3 a 0. Edu ainda diminuiu, de cabeça em falha de Everson, 3 a 1.
 
O Galo conquistava seu quarto título em sequência: Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa e Campeonato Mineiro, o que significa dizer que ele é o dono do Brasil e das Gerais, no momento. A torcida fez a festa. “Ganhar o Mineiro é bom, em cima do maior rival, melhor ainda”. Ao Cruzeiro resta a esperança de fazer uma grande Série B e voltar ao seu lugar de origem: a elite do nosso futebol. O Galo vai em busca de mais taças. E o torcedor diz: “E o Galo? O Galo ganhou”!