Título não importa, pois ninguém quer ter essa taça da Série B em sua galeria; a classificação para a elite, sim. E só se habilitam os quatro primeiros colocados.
São três anos na divisão da "morte", como chamam os torcedores, e será inadmissível não subir. Chega de sofrimento e humilhação.
Se ele é o Fenômeno, reconhecido internacionalmente como um dos maiores do planeta bola, tem que fazer sua equipe subir. Contrate jogadores, gaste dinheiro e tudo voltará ao normal. Não é hora de pensar em lucro e sim em voltar à elite.
Série A
No futebol brasileiro, por mais que uma equipe seja melhor tecnicamente, se a outra jogar fechada, não der espaços e marcar bem, dificulta muito. O Ceará jamais encararia o Palmeiras atuando aberto. Seria a morte. Dentro do esquema do competente Dorival Júnior, faturou três pontos importantes, que farão diferença na soma no final. Já o Palmeiras continuará como favorito, pois tropeços acontecem, mas esse jogo servirá de lição. Como a gente diz em Minas: "Porco magro é que suja a água".
E, assim, o outro favorito ao título vai deixando pontos importantes pelo caminho. Jorge Jesus, que virá para o carnaval carioca nesta semana, continua a ser o sonho de consumo da nação rubro-negra, mas me parece uma alternativa distante, pois Marcos Braz descarta a demissão de Souza.
Por enquanto o Flamengo vive dias turbulentos, com um time badalado, de jogadores acima da média, mas com futebol pobre. E Andreas Pereira falhou mais uma vez. De seu passe errado saiu o gol do time de Goiânia. Parece que ele não aprendeu ao dar o título da Libertadores ao Palmeiras com um erro crucial na prorrogação, entregando a bola nos pés de Deyverson. E o Fla ainda tem o compromisso moral de comprar o passe dele ao Manchester United. Mais uma bola fora do Marcos Braz e sua trupe.
Violência sem limite
Lugar de protesto é na arquibancada. Centro de treinamento é lugar de trabalho dos jogadores, que têm família e merecem respeito como seres humanos que são.
Em São Paulo a polícia identificou seis bandidos que ameaçaram o goleiro Cássio e sua família. Um deles tem 16 anos. Como no Brasil menores de idade são protegidos - o que é uma vergonha, pois o cara de 16 anos sabe muito bem o que está fazendo -, as gangues os infiltram para não sofrer punições.
O futebol brasileiro, violento e ruim tecnicamente, só é um mundo à parte nos salários irreais que os clubes pagam, sem ter dinheiro. No mais, está inserido numa sociedade odiosa, onde quem torce pelo clube A vira "inimigo" do torcedor do clube B.
A paixão e o ódio andam lado a lado, tirando dos verdadeiros torcedores o prazer de torcer. São os novos e terríveis tempos pelos quais a humanidade passa.