Em 5 meses, ele fez mais do que o antecessor, e com um detalhe: trabalhando com um orçamento que cabe no seu bolso, R$ 35 milhões, em vez dos R$ 90 milhões que a diretoria anterior projetava, sem ter um centavo em caixa e com uma dívida nas alturas.
Como dono, Ronaldo sabe que não pode gastar mais do que tem. Pediu os 50 mil associados e colheu em pouco tempo. Agora quer chegar à expressiva marca dos 100 mil sócios, e, tenho certeza, a torcida azul vai dizer sim. Ela não abandonou o time, nem mesmo nos momentos mais terríveis, quando parecia que tudo tinha acabado.
Vejam que o Estádio de São Januário estava lotado para ver o Vasco entrar no G-4, domingo passado, assim como tem ficado o Independência, nos jogos do Cruzeiro, e vai ficar o Mineirão, quando for liberado para a volta da China Azul.
Basta entrar na sala de troféus do clube para constatar a realidade. E os que torcem contra devem estar desesperados, pois a volta do Cruzeiro à elite vai representar o que sempre representou: um time em busca de mais taças. Essa é a sina do Cruzeiro, e o torcedor está muito bem acostumado.
A competição é longa e não há como se manter entre os ponteiros sem ter um grupo forte, com jogadores qualificados. Ronaldo já mapeou isso tudo e deverá fazer as aquisições.
Mas é claro que técnico e jogadores vão querer buscar o troféu. Se por acaso ganhar, que o ponha longe das taças importantes, pois o troféu da Série B, para um clube da grandeza do Cruzeiro, é mesmo desprezível.
Nesta semana cheia, com jogo somente no fim de semana, é hora de o treinador ajustar a equipe, recuperar jogadores e analisar a competição até aqui. São 5 vitórias em 7 jogos, 1 empate e 1 derrota, uma belíssima campanha, na qual, poucos apostavam.
A torcida azul fez uma festa impressionante, de arrepiar até o mais cético dos torcedores. É com essa China Azul que os jogadores, técnico, e, principalmente o dono do clube, Ronaldo Fenômeno, contam.
A torcida do Cruzeiro é corpo, alma, suor e sangue. Espero que a volta à elite seja apenas questão de tempo, e que lá por outubro, o Cruzeiro já esteja garantido, matematicamente, mesmo contra tudo e contra todos, pois o torcedor sabe muito bem quem torce contra e vibra quando a fase não é boa.
"Vamos, vamos Cruzeiro, vamos, vamos a ganhar, vou aonde você for, só pra ver você jogar, com o coração e muito amor, Cruzeiro mais querido do Brasil". É esse o cântico que vai ecoar nos estádios, Brasil afora, empurrando o clube celeste para o seu lugar de origem, para voltar a representar Minas Gerais, com maestria e taças. E isso, o Cruzeiro sempre soube fazer muito bem.