Paris – Estou na Cidade Luz, mais uma vez, por outro motivo nobre: a final da Champions League, que será disputada entre Liverpool e Real Madrid, sábado, no Stade de France, às 15h (horário de Brasília).
Curiosamente, a segunda Champions que eu cobri, das 12 edições em que estive, foi justamente aqui, em 2006, quando aquele time mágico do Barcelona, comandado por Ronaldinho Gaúcho, venceu o Arsenal, de Gilberto Silva, por 2 a 1, de virada.
Naquela equipe bugrana, Messi era reserva e dava os primeiros passos para se tornar o grande gênio da bola, exaltando sempre o “bruxo”, como seu ídolo, com quem aprendeu e copiou muita coisa. “Bruxo” é o nosso Ronaldinho Gaúcho, outro cracaço que o planeta bola produziu.
Desta vez, teremos outra equipe espanhola, o poderoso Real Madrid, dono de 13 “Orelhudas”, e outra inglesa, o Liverpool. Eles decidiram o título duas vezes, com uma vitória para cada lado. O Liverpool sagrou-se campeão em 1981, justamente aqui em Paris, no Parque dos Príncipes.
O Real Madri deu o troco em 2018, em Kiev, vencendo por 3 a 1. Será que Paris vai dar sorte novamente para o time inglês, ou os “meninos” do Real vão conseguir a quinta taça, de 2014 para cá? Sim, Benzema, Marcelo, Casemiro, Toni Kross, Modric e Cavajal são tetracampeões com o Real e querem muito mais.
Se você me perguntar quem está mais bem preparado, não hesito em dizer que é o time do técnico alemão, Jurgen Klopp. Entretanto, vai encarar um adversário cuja camisa pesa, e muito.
Todos vimos o que os jogadores são capazes de fazer, mesmo quando a derrota parece certa. O Real ressurgiu das cinzas, ganhando jogos “impossíveis” do PSG e Chelsea. Viradas históricas! Eu acredito em 50% para cada lado, um equilíbrio total.
Benzema e Vini Júnior formam uma dupla maravilhosa, que está em alta, com o francês concorrendo ao prêmio de melhor do mundo. Do outro lado, Salah e Mané também são infernais. Vejo o Real com uma defesa mais fraca e pouco confiável.
No túnel, o duelo de dois grandes treinadores. Carlo Ancelotti, único campeão nas principais ligas europeias: Itália, Espanha, França, Alemanha e Inglaterra.
Um cara que ganhou três Champions League, como treinador, e duas como jogador. Estrategista, que não faz jogo de cena, não gesticula, mas tem uma leitura perfeita de jogo, mudando a equipe no vestiário.
Do outro lado, Jurgen Klopp, campeão da Champions na temporada 18/19 com o Liverpool, e vice em 2013, com o Borussia Dortmound. Foi ele também quem levou o time da terra dos Beatles à única conquista da Premier League, no novo formato.
Título que o Liverpool levou 30 anos para ganhar. Portanto, são os dois maiores técnicos da atualidade.
Que me perdoe o Guardiola, que só ganhou Champions League com Lionel Messi, no Barcelona. Fracassou no Bayern e também no City. Porém, ganhou quatro Premier League em cinco. Não é um técnico qualquer, mas o vejo abaixo de Ancelotti e Klopp.
Leia Mais
Cruzeiro tem um fenômeno de torcidaChina Azul empurra o Cruzeiro de volta para a elite do BrasilDinheiro pode até ajudar, mas não garante taças no futebolGalo teve em 2021 a terceira maior receita, mas as dívidas...Mbappé manda e desmanda no PSG. Neymar é coadjuvanteEnfim, o futebol europeu está anos-luz à nossa frente, mas é inadmissível ouvir Mbappé dizer que “estamos atrasados no futebol”.
Nós, brasileiros, podemos falar, pois queremos melhorar o nosso nível técnico. Mbappé não pode falar mal da gente, como não pode nenhum outro estrangeiro.
É bom lembrar a esse jovem talento, que o único país pentacampeão do mundo ainda é o Brasil. Portanto, meu caro Mbappé, pense muito antes de falar da gente.
A França tem apenas dois títulos mundiais, e bem recentes, 1998 e 2018. Você, que não cumpriu a palavra com o presidente do Real Madrid, ficando no PSG pela grana, não é a pessoa indicada para falar mal da gente. Repense seus atos e palavras.
Cobertura
Você pode acompanhar a cobertura da final aqui na minha coluna, no meu Blog no Superesportes, no meu canal do YouTube e na Rádio Tupi. Dê o seu palpite. Quem ganha, Liverpool ou Real Madrid?