Paris – Chegou o grande dia. O jogo mais esperado da temporada mundial de futebol acontece hoje, às 16h (horário de Brasília), no Stade de France. Dois gigantes do futebol mundial estarão se enfrentando para o tira-teima, já que em duas decisões entre eles cada um ganhou uma. O Liverpool foi campeão europeu em 1981, vencendo o time merengue, que deu o troco na temporada 2017-18. Quem vencerá o terceiro confronto é uma incógnita. Pela camisa, é claro que todos depositamos nossas fichas na equipe espanhola, única com 13 “Orelhudas”. Mas o Liverpool, que tem seis taças, vai em busca da sétima, para se juntar ao Milan, que é quem chega mais perto do Real Madrid, e deixar o Bayern, com seis, para trás.
Seria muito bom os técnicos brasileiros ficarem diante da TV para assistirem ao duelo dos dois maiores treinadores do mundo. O italiano Carlo Ancceloti, que tem três Champions como técnico e duas como jogador; e o alemão Jurgen Klopp, que ganhou sua primeira Liga dos Campeões em 2019, e foi vice-campeão em 2013, dirigindo o Borussia. Aliás, eu sou fã dos dois. Eles não dão chilique à beira do campo, não ficam gesticulando, mas quando as equipes descem para o vestiário, a gente percebe o dedo deles. Mudam a estrutura tática, ou uma peça ou outra, e resolvem o problema. Os técnicos brasileiros fazem jogo de cena para mostrar aos torcedores que são “os tais”. A maioria é preguiçosa e incompetente. Será que nossos treinadores terão a humildade de admitir que vão aprender com esses dois gênios, durante o jogo de hoje? Duvido!
Se olharmos os dois times, a gente vai perceber uma igualdade. No Real existem Modric, um genial jogador, Vini Júnior, que teve sua melhor temporada desde que chegou ao time merengue, e Benzema, que será eleito o melhor jogador do mundo. Do outro, o excelente Thiago Alcântara, filho do ex-jogador brasileiro Mazinho, que optou por jogar pela Seleção Espanhola. Ele tem dupla cidadania. Ele está machucado e luta para entrar em campo, assim como Fabinho, o outro brasileiro que sofre com problemas físicos e musculares. Mas a dupla de ataque é fantástica, com o egípcio Salah e o senegalês Mané. E de quebra, o brasileiro Firmino.
Teremos 80 mil pessoas no Stade de France, um estádio que não nos traz boas recordações. Ali eu cobri o Brasil, que perdeu a Copa do 98 para os franceses. E cobri também a Copa das Confederações em 2003, quando Samuel Etoo, de Camarões, eliminou o time brasileiro com um chute de longe, que o goleiraço Dida não conseguiu defender. Mas o palco é belíssimo, tudo está preparado com muito carinho, e eu espero que o público, que estará aqui, e os bilhões de apaixonados, que assistirão pela TV, se deliciem com um grande jogo. Quem sabe um 4 a 3 para um dos lados? Para fechar, eu pergunto: você apostaria na camisa do Real e no seu belo time, ou no Liverpool, um time que, assim como o Real, joga junto há tempos e os jogadores se conhecem num simples olhar? Torço pelo Real, mas não vou ficar chateado se der Liverpool, afinal, sou fã de Klopp e o acho o alemão mais simpático do mundo, além, é claro, do baita treinador que é. Façam suas apostas. É final de Champions League, no Stade de France, na Cidade Luz. Não há palco melhor no mundo para esses dois gigantes do futebol mundial. Bom jogo aos torcedores do bem e que os jogadores deem um grande exemplo de fair play, qualidade e muita dedicação. O esporte bretão agradecerá.
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Se houver condição, farei uma live no meu canal de YouTube, após a partida. Caso contrário, gravarei um post, logo após o fim do espetáculo. Você me acompanha também no meu blog no Superesportes, no Estado de Minas, na minha coluna on-line, no nosso site, no jornal impresso e na Super Rádio Tupi, uma rádio nacional que tem a maior audiência do Brasil.